Pyr Marcondes
20 de fevereiro de 2020 - 7h51
Nenhum sistema de Inteligência Artificial conhecido consegue sentir nada. Não consegue fazer mais do que algumas tarefas focadas em determinadas atividades. O que se chama de Inteligência Artificial geral, ou aquela que estaria, em tese, mais próxima da capacidade infinitamente multitarefas, sensorialmente complexa, e adicionalmente encantada por sentimentos estritamente humanos como apreciar a beleza e amar, não está nem de longe no horizonte possível nas próximas muitas décadas.
A verdade é que vivemos hoje um estado primitivo de desenvolvimento dessa linguagem tecnológica, lembrando sempre que IA não é uma tecnologia fechada ou um software, mas um idioma inteligente de máquinas, que é composto por vários componentes variáveis e que pode, de forma aberta e em permanente evolução – auto-evolução em verdade – se adaptar e ser aplicado em “n” áreas do conhecimento, da tecnologia, da ciência, dos negócios e da vida em geral.
Pois bem, sabemos, tipo, no máximo, o “a” e o “b” desse vocabulário oni-utilizável.
Ainda assim, muito já está sendo impactado pela IA.
Em estudo realizado com 550 executivos de negócios, a IBM mapeou como anda a adoção prática desses tão ricos recursos da IA nas empresas. E, resumindo, os achados são:
. Poucos usam na real
. A esmagadora maioria quer usar
. Mais da metade afirma que vai, efetivamente, usar, em futuro bem próximo
. Todos entendem fundamental sua adoção
Além disso, o estudo capturou os setores em que, potencialmente, a IA será mais utilizada e que estariam, assim, mais prontos, ou cuja natureza do negócio seria “adaptável” com maior velocidade e facilidade a IA.
São eles:
. Supply chain
. Vendas
. Operações
. TI
. Recursos Humanos
. Finanças
. Marketing
O namoro do Marketing com AI: já na fase do mão na mão
Pois bem, no que tange ao marketing, que nos interessa mais de perto (embora, como saibamos, cada vez mais os elos da cadeia corporativa estejam cada vez mais interligados e, portanto, é sempre importante olhar de perto a evolução dos demais setores … difícil imaginar, daqui para frente, marketing sem estar interconectado intimamente com vendas ou TI, por exemplo …), a situação seria a seguinte..
Traduzo aqui um trecho da análise do ZD NET sobre o estudo (usando para isso a Inteligência Artificial de tradução de texto do Google):
Desafios a serem superados: “Crie campanhas, rastreie os efeitos das campanhas, direcione e personalize a publicidade”.
O que a IA pode fazer: “Classifique ou agrupe os clientes existentes de acordo com os interesses. Receba relatórios sobre o efeito da campanha. Identifique áreas de produtos lucrativas. Capture o sentimento do produto e os conceitos de tendências”.
É meio basicão, convenhamos, mas isso vai se diferenciar enormemente nos próximos anos, a medida que o setor acordar para o enorme potencial de IA para a excelência e otimização do marketing.
Como comentamos, estamos na Idade da Pedra.
IA vai influenciar na introdução de atividades de marketing diretamente dentro dos devices e máquinas conectadas; vai possibilitar o uso de recursos como AR e VR de forma customizada e com narrativas personalizadas; vai permitir que marcas criem ambientes virtuais proprietários de alto engajamento; vai abrir as portas para experiências de ativação quebrando de uma vez a barreira do on e do off … enfim, you name it.
Clique aqui e veja mais detalhes do estudo em report do ZD NET.
https://www.zdnet.com/article/7-business-areas-ripe-for-an-artificial-intelligence-boost/