Pyr Marcondes
12 de setembro de 2018 - 7h27
Meio & Mensagem publicou notícia registrando dados de pesquisa do Pew Research Center dando conta de que 44% dos usuários entre 18 e 29 anos dos EUA simplesmente deletaram o app do Facebook de seus celulares, pós incidente de uso invasivo de dados da rede social pela Cambridge Analitica (veja texto de Sergio Macedo do M&M abaixo).
Facebook enfrenta o que jamais imaginou enfrentar tão cedo: o julgamento da História.
Focado em histórias de pessoas, a História exige um nível de comprometimento que a aparente leveza de ser de uma apenas aparentemente inofensiva rede social não concebeu em nenhum de seus Business Plans.
Escrevi ontem aqui mesmo que tudo é social e tudo que é social é político. Vale para o Facebook e para todas as redes…. rã … sociais.
Nada sendo público pode se furtar a ser engajado. Não falo de ideologia (embora também), falo de compromisso com o que difunde.
Uma vez mais, Facebook incluso.
Registro aqui, adicionalmente, já que estamos falando de História, que tanto o Facebook, quanto o Google, e ainda, nessa mesma fase geracional, embora mais recente, o Twitter, tem agora diante de si não só essas questões sócio-políticas, de dados e direito à privacidade do cidadão, mas também, e igualmente fortes, as questões ligadas a maturidade de suas operações e de seus negócios.
Novas redes sociais como o Instragram começam a ganhar protagonismo inédito e, independentemente dessa eventual substituição de preferências, os usuários desses pioneiros da segunda fase da web (a primeira foi a dos portais), antes mesmo da Cambridge Analítica, vinham apontando para uma tendência de busca por novas alternativas de interação, conversa e navegação na internet.
As audiências das primeiras grandes plataformas tecnológicas modernas continuam a crescer, mas tendencialmente em mercados ainda em fase de amadurecimento. Nos mercados mais maduros, a tendência é ou de estagnação ou de queda em suas audiências.
A História é implacável. Tudo se move. Nunca para trás.
Desafios extremamente sérios e de turning point para essas companhia, portanto, se colocam: transformar-se profundamente ou enfrentar cenários difíceis a frente, é o que o futuro lhes sinaliza com transparente clareza.
https://www.meioemensagem.com.br/home/ultimas-noticias/2018/09/10/nos-eua-44-deletaram-app-do-facebook.html