Pyr Marcondes
29 de junho de 2020 - 13h20
É o show a serviço das vendas. Resumindo bem grosseiramente, isso é Livestreaming Commerce.
Funciona assim: um fabricante ou um varejista cria conteúdos envolventes, explicativos e/ou demonstrativos que possam, via vídeo, ser distribuídos nas “n” plataformas de contato online hoje disponíveis por aí. Pode ser no Twitter? Pode. Pode ser no Facebook? Pode? Pode ser no You Tube? Pode. Pode ser nos mais variados tipos de redes sociais? Pode. Pode ser nos canais proprietários das marcas? Pode. Pode ser dentro do ecommerce? Pode. Pode ser dentro de aplicativos? Pode. Não importa. Quer dizer, claro que importa, mas a distribuição não é o ponto aqui, é o novo conceito.
Ali mesmo, depois de assistir ao streaming, o consumidor pode converter sua compra em tempo real.
A produção desse conteúdo, que pode inclusive ser interativo, permitindo a quem assiste fazer perguntas em tempo real, começou a se firmar bem recentemente na China, em grandes players de lá como JD.com e Kaola, depois em toda a Asia, e hoje grandes players do varejo ocidental começam a experimentar o formato, como é o caso de Amazon e Starbucks, entre outros.
Os cinco pontos que parecem relevantes no novo formato são:
- A marca/empresa provê e promove algum tipo de entretenimento, adicionalmente à venda em si, enriquecendo a experiência do consumidor;
- A possibilidade de interação otimiza e amplia o entendimento dos atributos e benefícios dos produtos ou serviços, o que costuma ser positivo para a conversão;
- Trata-se de mais um canal de conversão digital online, que pode contribuir na performance de venda em geral e na venda em tempo real, particularmente;
- Ao mesmo tempo que é um efetivo canal de vendas, cria também e concomitantemente uma boa imagem para a marca, mostram as primeiras experiências em andamento;
- É ainda mais um canal de captura e ativação de dados.
Pode parecer tratar-se, a primeira vista, de um sistema com algum grau de sofisticação, já que implica em atividades adicionais às já existentes para as companhias em geral. É verdade. Mas aparentemtne, o upside, compensa.
E seja como for, deve ser, sim, uma tendência que deve se consolidar no tempo, mesmo após a pandemia. E, portanto, agora, exatamente durante o isolamento social, em que as pessoas estão mais aptas a consumir conteúdo digital por streaming por estarem em casa, talvez seja o melhor e mais adequado momento para começar a explorar a novidade.
Ainda em relação ao grau de sofisticação de produção envolvido, em tempos de infuencers, em que, em muitos casos, as produções são bem simples e mesmo assim têm se mostrado bastante eficientes, talvez estejamos diante de um grau de necessidade de sofisticação possivelmente simples também, o que torna a tarefa bem menos complexa.
Vender por streaming. Essa é a nova tendência do ecommerce global.