Pyr Marcondes
1 de dezembro de 2017 - 7h42
O bonitão Jack Dorsey foi chamado de meio louco quando lançou o Square, em Novembro de 2015. Na época, o Twitter bombava em todos os sentidos, era a plataforma queridinha dos analistas da internet, dos investidores e da comunidade de sabichões do Vale do Silício. Há, e do mundo todo também. Um fenômeno de crítica e público.
O IPO de Square, há dois anos portanto, pra piorar o cenário, foi pífio.
Mês passado, a aparente loucura do Dorsey se provou mais que sã. Square vale hoje mais do que 15 bilhões de dólares, enquanto o Twitter vale alguns milhões menos.
Dorsey tem 2,5 bilhões de dólares em ações do Square e cerca de 320 milhões de dólares do Twitter. Ou seja, também na física, o empreendedor está mais rico em um do que em outro.
Nem tudo é oceano azul para o Square. Analistas dizem que a companhia atingiu seu patamar máximo para o seu desenho de negócios atual e que terá que criar novidades para poder seguir crescendo.
Square é uma plataforma mobile de pagamentos, que nasceu atendendo food trucks, imagine. Expandiu-se para se transformar em uma plataforma de extremo sucesso entre pequenos e médios negócios em geral, por sua facilidade de uso e agilidade em todos os processos da operação.
Enquanto isso, o Twitter sofre um desgaste de certa forma parecido, típico aliás de toda grande operação mundial da internet (exceção ao Google): cresce assustadoramente e, em algum momento, tende a estabilizar-se. A partir daí, vive a incógnita do seu próprio futuro.
Seja como for, Dorsey já escreveu seu nome na história da internet mundial. Poderia sair de fininho dos holofotes agora e ir viver bilionário no fim de mundo que desejasse.
Mas não parece nem de longe disposto a fazer isso.
Acompanhar seus próximos passos e o desenrolar da história dessas duas companhias criadas por ele será, sem dúvida, uma série cujos capítulos não podemos perder de jeito nenhum.