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5 de março de 2018 - 8h02
Por Javier Goilenberg (*)
O celular continua sendo o fenômeno de nosso tempo. Estar conectados, conhecer as últimas novidades e notícias em tempo real, planejar nossa semana, a lista de compras ou mesmo conectarmos as redes sociais, são apenas alguns dos usos mais comuns deste objeto indispensável ao dia a dia. Dentro desta tendência de consumo mobile, as compras se mantém como um dos hábitos mais cotidianos.
A medida que passam os anos, mais jovens crescem e começam a comprar online utilizando um smartphone em sua primeira compra. No Mercado Livre, por exemplo, há apenas 5 anos as compras mobile superavam 10% do total de compras realizadas. Hoje já chegam a 60% e seguirá em crescimento.
Aqui mais alguns dados que respaldam o que estou dizendo: segundo a Fundação Getulio Vargas -SP, 2017 fechou com um smartphone por habitante no Brasil; e, de acordo com pesquisa da Mobile Time em parceria com a Opinion Box, nas casas em que há smartphones, 72% das crianças entre 10 e 12 anos já têm seu próprio celular.
Outra informação que vem ao encontro do que estamos assinalando tem a ver com as compras feitas via aplicativos. De acordo com o estudo Análise do E-commerce no Mundo, divulgado pela empresa de tecnologia Criteo, os pedidos feitos no terceiro trimestre de 2017 via aplicativos já chegam a 16%, enquanto via web mobile somam 28%. Também houve um aumento de 51% nas transações realizadas via celulares em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A tendência de compras em e-commerce realizadas através de dispositivos móveis está crescendo ano após ano a passos largos. Em primeiro lugar, há uma maior quantidade de dispositivos ativos no mercado. Em segundo, as pessoas estão se animando e se acostumando a fazer tudo diretamente do celular. Para que se prender ao computador se com alguns cliques no celular pode-se fazer o mesmo é muito mais rápido?
O celular como dispositivo insubstituível para os consumidores, e como ferramenta fundamental para as marcas e seus e-commerces, naturalmente se converte em um dos principais canais de venda e na maioria das vezes o único.
Não é muito dizer que, para aqueles que operam no mundo do e-commerce através de um site próprio, é fundamental que seja responsivo e/ou que conte com um aplicativo mobile muito bom para iOS e Android. Isto já não é mais algo desejável, mas completamente necessário.
O impulso do setor também vem acompanhado da inovação. A realidade aumentada trará grandes mudanças na experiência de compra através de dispositivos móveis: nos apps de algumas grandes lojas já é possível visualizar como ficará uma lâmpada na sua sala ou se um óculos cairá bem em seu rosto antes de efetuar a compra. Isto gera sensações até agora nunca vistas na hora de comprar online, que continuarão contribuindo para o crescimento do ecommerce a nível mundial.
Sem dúvidas, na América Latina, se aproxima o ano em que vamos presenciar o m-commerce crescendo fortemente.
(*) Javier Goilenberg é CEO e Co-Fundador da Real Trends, plataforma de ferramentas de análise e gestão para vendedores do MercadoLivre.