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Encontrando a próxima empresa de um bilhão de dólares

Quer achar um unicórnio? Olhe para o cavalo correndo contra a manada


12 de agosto de 2016 - 8h00

Por Bill Barnett é o Thomas M. Siebel Professor de Liderança Empresarial, Estratégia e Organizações em Stanford GSB e regularmente um blogueiro

Mês passado eu palestrei para três grupos bastante distintos: Alguns altos executivos de uma companhia americana, uma sala cheia de russos e milhares de empreendedores em Shangai, na China. Grupos muito distintos, tópicos muito diferentes. Mas uma mesma questão foi levantada em todos os lugares: “Qual negócio será o próximo ‘unicórnio’”?

Se você sabe ler, então neste momento está cansado de ouvir sobre unicórnios, uma metáfora referente à startups avaliadas em um bilhão de dólares ou mais. Muitos especialistas falam delas apenas após se tornarem valiosas, mas qualquer um é capaz de olhar pelo espelho retrovisor. O que meu público do mundo afora quer saber é como enxergá-las aparecendo.

Em primeiro lugar, vamos deixar algo claro: Estatísticas nos dizem que exceções surpreendentes vão acontecer, de vez em quando, ao acaso. Na verdade, exceções surpreendentes aparecerão até mesmo em grupos, de vez em quando e ao acaso, da mesma forma que meu player de música no modo aleatório poderá tocar três músicas do Steely Dan seguidas uma da outra. Chame-as do que quiser – cisnes negros, unicórnios, tanto faz. Essas exceções incomuns acontecem ao acaso.

Mas com as empresas unicórnio, há um padrão que você poderá notar com antecedência. Este padrão não lhe dirá quem será o próximo unicórnio, no entanto. Ao invés disso, ele lhe dirá onde não procurar.

Deixe-me explicar. Uma pesquisa mostra que, em negócios, qualquer “nova onda” inclina-se a ser tendenciosa. Estamos todos olhando uns para os outros para encontrar a próxima novidade, e quando um espaço do mercado começa a virar tendência ele está fadado a se tornar superestimado, além de seu real potencial; é disso que se trata o “hype cycle” – ou o “ciclo hype”.

Ironicamente, isso faz com que a maioria das empresas menos competitivas sejam aquelas que se agrupam nestes mercados aquecidos onde todos querem investir.

Quer encontrar o próximo unicórnio? Ouça de onde vem o zumbido e corra para o outro lado. Eu não posso te dizer quem será o próximo unicórnio, mas eu posso te dizer que ele virá de onde menos esperamos.

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