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iBeacon: não espere até a invenção da máquina do tempo
Melhore a experiência na loja do seu consumidor
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30 de julho de 2014 - 10h40
POR VITOR ELMAN
Sócio e diretor de engajamento da Cappuccino Digital
Sempre fico frustrado ao assistir os Jetsons e ver que os carros voadores do futuro ainda não chegaram por aqui (na verdade já temos protótipos, mas ainda longe de ser uma produção em massa). Muito menos o Hoverboard, o skate voador do “De Volta para o Futuro II”. Mas, nem tudo isso continua apenas na nossa imaginação. Entre as várias conversas ao vivo por meio de telas entre dois extremos do planeta até casas automatizadas que, mesmo sem a querida Rose, fazem tudo para seus donos, surge um novo caminho de compra do shopper. Um caminho que se assemelha à famosa cena do filme “Minority Report” quando Tom Cruise entra em uma loja e é automaticamente reconhecido surgem, então, diversas sugestões customizadas.
A tecnologia iBeacon que já esta presente em aparelhos como o iPhone desde 2013 e transmissores e, mais recentemente no Estimote Beacons começa a abrir novas fronteiras na integração on e offline, com grandes promessas na reinvenção da experiência dentro da loja. Nos Estados Unidos melhorar a experiência do consumidor e tirá-lo do sofá têm sido um grande objetivo segundo o novo report do eMarketer sobre como Beacons estão transformando o Mobile Marketing.
Para o consumidor que já tem o hábito de pesquisar antes de ir à loja e de consultar ainda dentro da loja, o uso da “microlocalização” pode deixar todo o processo mais fácil, intuitivo e atrativo. Desde explicações, promoções até a própria indicação de produtos que se encaixam com seu perfil, chegando ainda na possibilidade do próprio pagamento sem a necessidade de um caixa, substituindo o NFC e outras tecnologias de carteira virtual que não vingaram. Até o PayPal, a gigante de pagamentos online, já está apostando nessa tecnologia com devices próprios no mercado.
Para o varejista, a possibilidade de um conhecimento muito maior do que o comportamento do seu consumidor, como por exemplo, por quais departamentos passou, os produtos os quais se interessou e a comparação com o que efetivamente comprou são fundamentais para o negócio crescer. Esses são atributos que hoje temos no e-commerce que poderão ser utilizados também no mundo offline para trazer uma visão bem mais analítica e uma comunicação baseada em retargeting, conversando com o consumidor de uma forma natural, personalizada e por tanto menos intrusiva, ao longo do seu percurso de compra.
Nesse sentido, existem vários testes sendo feitos como o da maior rede de farmácias em Nova York, a Duane Reade, que está utilizando a tecnologia para impulsionar seu programa de fidelidade através de recompensas ao longo do caminho do shopper e, em troca de mais informação sobre seu consumidor como quando e o que compra ou consulta. Em um teste para a Starbucks, o cliente recebe em seu celular o menu de opções com promoções que mudam de acordo com a demanda e já pode fazer seu pedido que é transmitido via a tecnologia para um tablet que controla estas entradas.
O obstáculo que existe nesse sistema, assim como no do QRCode, é a necessidade da instalação de um aplicativo específico no celular. Mas, no caso do iBeacon, acredito que possa ser contornado pela facilidade e vantagens que tanto consumidor como varejista podem ter. Afinal, se você pudesse ter uma ajuda personalizada na hora da compra, baseada em seu histórico e perfil, promoções e até evitar aquelas famosas filas no caixa, instalar um aplicativo em seu celular seria um esforço? Acredito que a resposta definitivamente seria não.
Este ano será marcado pela realização de testes de grandes players por aqui. Já 2015, veremos novidades com essa tecnologia ou similares por aí. Portanto, aproveite para testar, mesmo que em pequena escala. Conheça a tecnologia e explore as várias facetas que tem a oferecer. Caso contrário, vai ter que esperar até o futuro, quando tivermos máquinas do tempo e você puder voltar até 2014 para consertar o que não fez.
Este texto não reflete necessariamente a visão editorial de ProXXIma, e sim a de seu autor.
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