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Mães digitais: Compartilhando amor nas Redes Sociais

Além das responsabilidades com os filhos e a casa, as mães atuais também se dedicam a uma vida profissional muitas vezes agitada


29 de abril de 2016 - 14h29

Seja para consumir, trabalhar, dividir momentos, conversar ou se informar, as mães estão cada vez mais conectadas, e o termo “conservador” já faz um tempo que se desvinculou ao perfil e comportamento materno atual. No Brasil, elas são 67 milhões de “Mães Digitais”.

Além das responsabilidades com os filhos e a casa, as mães atuais também se dedicam a uma vida profissional muitas vezes agitada – 46% delas trabalham – e aos cuidados com a sua saúde, beleza, lazer e, ainda, em continuarem presentes e atuantes entre amigos e familiares.

As mães digitais fazem da internet um refúgio para atender muitas dessas necessidades. Prova disso, é a quantidade de blogs e outras plataformas especiais disponíveis para esse target.

Marília Ometto é economista e, a partir de uma experiência particular sobre gastos com o enxoval de sua filha, compartilhou uma planilha na web e viu aí uma das grandes motivações da presença das mães na internet: a necessidade de receber dicas e tornar tudo mais fácil. “São mães reais e a gente ama demais! Mas ninguém mostrava os bastidores. Como lidar com tudo isso? A maior contribuição do blog é falar o que as pessoas não falavam. É uma libertação!”, afirma.

De acordo com a blogueira, em muitos casos as mães, pelo menos por um tempo, ficam mais reclusas. Desta forma, as redes sociais se tornam uma saída para se unirem a um novo grupo.  “O que mais eu noto que elas pedem e se interessam é quando eu posto algo inovador, principalmente. Algo que é totalmente simples, mas diferente, bomba! Elas buscam o que é prático e o que facilita o dia a dia”, afirma Marília.

As redes sociais podem ser, também, o espaço ideal para a mãe multitarefada expressar a sua relação e amor com os filhos, como explica Paula Pereira, psicóloga, coaching famíliar, esportivo e pessoal. “Eu trabalho com muitas mães, muitas famílias e costumo dizer assim: ‘nasce a mãe, nasce a culpa’. Por mais que se doem acham que estão sempre ‘devendo’ para o filho. O principal é estar presente na medida que é possível e não no que idealizam”, comenta.

Por tamanho interesse e presença online, além das plataformas com conteúdo destinado às mães digitais, a publicidade também tem, cada vez mais, direcionado assertivamente sua comunicação para esse público.

A Brandili, uma tradicional empresa de Santa Catarina, uma das líderes em roupas infantis no Brasil, produzindo cerca de 16 milhões de peças anuais em malharia de alta tecnologia é uma das marcas que mais explora essas possibilidades.

Como explica Camila Felício, Marketing da Brandili, esse público tem um senso de urgência maior, pois gostam de receber informações de forma extremamente rápida e dinâmica. Assim nas redes sociais, a conversa deve fluir bem, quase como se a marca fosse uma amiga disponível para trocar uma palavra a qualquer hora do dia.

“Primeiro buscamos uma conexão com a mãe questionando-a sobre temas do universo infantil, incluindo ela em nossas ações, estimulando o diálogo entre ela e as demais mamães. No segundo momento realizamos um dos maiores anseios: publicamos para toda a nossa rede de seguidores fotos dos pequenos, isso gera uma alta conexão emocional”, salienta Camila sobre a concepção das apostas da Brandili.

No quesito consumo, sabe-se que o Dia das Crianças é a terceira data mais importante para o comércio nacional (após Natal e Dia delas, as Mães) e 80% das mães são as responsáveis pelas decisões de compra da casa. “Elas buscam hoje por produtos que são 100% confiáveis, saudáveis e seguros para os filhos, sejam eles de alimentação ou vestuário. Elas se importam muito com as práticas das marcas, responsabilidade social, atendimento, reputação, etc.”, afirma Camila.

A e21 é a agência que responde por todos os movimentos de comunicação de marca da Brandili desde 2002. Neste período, a agência acompanhou a transformação de uma pequena marca regional num dos grandes players do mercado nacional, com uma percepção de marca de moda, qualidade e valor. Muito embora atue no segmento popular, as iniciativas unicamente of-line de construção de marcas abrem espaço para uma integração de conteúdo multiplataforma. Assim, cada vez mais a agência vem apostando num mix on/of com resultados muito interessantes.

Recentemente, a Brandili realizou uma ação no Instagram para marcar o lançamento da sua nova coleção outono-inverno. Foram somente 12 dias de “pequenos desafios” propostos para as mamães na rede social em torno do tema principal da campanha: Os momentos compartilhados entre irmãos, num exercício pleno de amor.

No total, mais de 3 mil fotos foram publicadas com a hashtag do Desafio Brandili e 1.121.431 de pessoas foram impactadas a partir de estratégias de mídia online, com um investimento total de apenas R$3.000,00.

E essa foi somente uma de diversas ações da marca dirigidas a esse público. Os números justificam a conclusão de que as mães constroem nas redes sociais quase que um diário de crescimento dos filhos.

De acordo com Camila, a Brandili recebe diversas mensagens privadas das suas clientes dizendo apenas “bom dia, estava com saudades de vocês”, o que estabelece uma conexão muito forte com a marca. “É quase como se essas mães percebessem a Brandili como uma amiga próxima que entende muito do universo da criança, sobre os dilemas de ser mãe. Elas conversam de forma extremamente pessoal com a nossa equipe. Até convite de aniversário já recebemos e comparecemos”, explica.

A empresa tem mais de 450 mil curtidores em sua fanpage, e a e21 tem dedicado especial atenção à mobilização constante desta base de consumidoras leais e muito participativas em um trabalho conjunto com a equipe de marketing da marca. “As mães digitais Brandili respondem à cada estímulo de marca de uma maneira empolgante. São respeitosas, carinhosas, afetivas e sabem que a marca as respeita e valoriza”, afirma Luciano Vignoli, Diretor-Presidente e de Planejamento da e21. “Isso nos obriga a prestarmos atenção a elas constantemente, procurando retratar dinamicamente sua realidade e sua dedicação aos filhos. Para elas e para a Brandili, vestir é um ato de amor.”, completa.

Se hoje tanto a sociedade quanto o mercado veem as mesmas abordagens para se comunicarem com estas novas mães, parece claro que ideias inovadoras e alinhadas com os anseios das mães digitais sejam o caminho para algo realmente relevante.

“Estamos preparando uma nova campanha exclusivamente para a web. Chama-se “Missão Vestir”. Ela documenta a vida real, ao mostrar o tempo que uma mãe leva para vestir uma criança versus o tempo em que essa dá um jeito de se sujar… Acreditamos muito no compartilhamento orgânico deste material pela empatia natural que vai despertar”, afirma Luciano.

Este é um público que carece de atenção e tem muito o que dizer e receber. E essa ideia é suportada pela psicóloga Paula Pereira, que reforça e atenta para que as redes sociais não sejam um meio que substitua outros aspectos correlatos da relação entre mães e filhos, como o afeto e a presença. Mas uma forma superválida de manifestar e expressar todo o amor pela criança.

ESA-0063-16 Infográfico Mães Digitais (2)

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