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Algumas varejistas barram Apple Pay em suas lojas
Redes como CVS, Rite Aid, Walmart e Target estão desenvolvimento sistema próprio de pagamento eletrônico
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29 de outubro de 2014 - 10h28
O lançamento da tecnologia de pagamento móvel da Apple sofreu um revés uma semana após com o anúncio de CVS e Rite Aid, que fazem parte de um consórcio que desenvolve um sistema concorrente, de tirar o Apple Pay das suas lojas.
As redes CVS e Rite Aid estão entre os 220 mil pontos de venda dos Estados Unidos que já possuem tecnologia para ler sinais sem fio de curto alcance que permitem aos clientes da Apple Pay ou serviços similares fazerem uma compra pelo smartphone. Elas não estavam na lista inicial de parceiros do Apple Pay.
As farmácias pararam de aceitar o Apple Pay na semana passada, segundo uma pessoa familiarizada com a situação, que pediu para não ser identificada. A CVS tem cerca de 7,7 mil drogarias, e a Rite Aid, 4,57 mil.
“Este ato anuncia a batalha iminente no mercado de pagamento móvel”, relatou por e-mail Anindya Ghose, professora de marketing e tecnologia da informação na Universidade de Nova York.
Trudy Muller, porta-voz da Apple, se recusou a comentar. Executivos da CVS e da Rite Aid não responderam até a publicação dessa matéria.
Em jogo, está um mercado que deve saltar US$ 12,8 bilhões, em 2012, para US$ 90 bilhões, em 2017, de acordo com a Forrester Research. A entrada da Apple em pagamentos móveis segue esforços de Square, Google e Softcard – uma carteira digital apoiada pelas três maiores operadoras de telefonia móvel dos Estados Unidos – que não conseguiram ganhar escala.
O CEO da Apple, Tim Cook, pretende impulsionar a empresa em novos negócios que mergulhem os usuários no ecossistema digital da Apple.
A CVS e a Rite Aid fazem parte de um consórcio de empresas chamado Merchant Customer Exchang que tem trabalhado em seu próprio sistema de pagamento móvel a fim de diminuir a dependência dos cartões de crédito. O sistema do grupo, chamado CurrentC, está em fase de testes e tem previsão de lançamento em 2015, de acordo com um comunicado em seu site. Os membros da rede incluem Walmart, Lowe’s e Target.
A estratégia da Apple é o oposto: uma parceria com os principais bancos e empresas de cartão de crédito, como Visa, Mastercard e American Express, que representam, segundo a companhia de Cupertino, mais de 80% das compras com cartões de crédito dos Estados Unidos. A Apple também cobrará taxas das administradoras de cartões, de acordo com três pessoas familiarizadas com os negócios.
O Apple Pay funciona nos novos celulares iPhone 6 e iPhone 6 Plus. A grande armadilha para a empresa é que os comerciantes têm de atualizar os sistemas de cartão de crédito e débito para poderem ler os dados.
Emissores de cartão de crédito estão pressionando o varejo americano para atualizar seus terminais de pagamento até o próximo ano para aceitarem cartões de débito e crédito com chips. O prazo para fazer a troca é outubro de 2015. Até agora, das mais de 10 milhões de lojas nos Estados Unidos, cerca de 220 mil já se atualizaram. A atualização custa de US$ 500 a US$ 1 mil por terminal, de acordo com a Javelin Strategy & Research.
Do Advertising Age
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