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Liderar para transformar

Artigo de Vander Guerrero, CEO Zenvia, mostra como o mobile está deixando de ser somente extensão dos sistemas corporativos tradicionais para adotar um papel mais relevante


4 de março de 2013 - 8h25

Por Vander Guerrero
CEO Zenvia

 

Pouco mais de dez anos atrás, o Brasil dava os primeiros passos no desenvolvimento de soluções de comunicação móvel para empresas. Tudo era novidade. Não existiam smartphones ou redes 3G, e somávamos somente cerca de 20 milhões de telefones celulares. Mesmo assim, nessa época, se desenvolveram os primeiros projetos de mobilidade corporativa do Brasil.

 

Combinando um iPaq (PDA da HP sem conexão) a um Nokia 6160 TDMA, através de um pequeno cabo de dados, podia-se estabelecer uma conexão CSD (circuit switched data) e trafegar pequenos arquivos a uma velocidade de 9,6kbps. Essa engenhoca permitiu, naquela época, que milhares de vendedores descarregassem diariamente seus pedidos de vendas ao longo do dia, ganhando produtividade e antecipando o faturamento.

 

Hoje são mais de 250 milhões de acessos móveis, e os smartphones se espalham a uma velocidade alucinante. Apesar dos recentes questionamentos sobre a qualidade, as redes 3G estão em toda a parte, e os investimentos para as redes de quarta geração já estão acontecendo. Muitas empresas já incorporaram a mobilidade aos seus processos de negócio, mas a perspectiva é que ainda há muita e diferentes coisas para fazer.

 

O mercado de mobilidade corporativa no Brasil é um setor que ainda tem muito a desenvolver e inovar – O serviços oferecidos pelo setor são baseadas em mensagens SMS corporativo ou tecnologias OTT (over the top) para comunicação entre equipes, clientes ou público relacionado.

 

Os serviços de mobilidade não têm mais limites, o grande índice de assertividade faz com que cada vez mais empresas recorram ao SMS como canal de comunicação. As aplicações personalizadas para cada modelo de negócio e a rápida aceitação fez com que o mercado tenha esse atual crescimento exponencial. Hoje é possível contratar serviços entretenimento, informação, educação, saúde, monitoramento de compras, entre outros. Além de tornar possível pagamentos móveis.

 

A exploração de todo o potencial da mobilidade no ambiente corporativo passa pelo desenvolvimento de plataformas simples, flexíveis e completas, que explorem a multiplicidade da tecnologia móvel e a diversidade das necessidades de negócio. A tecnologia móvel deve ser tão acessível para um pequeno consultório médico como é para uma multinacional, respeitando suas diferentes necessidades e possibilidades. Por enquanto, o SMS cumpre muito bem a tarefa de acessibilidade, pois é uma tecnologia aceita em qualquer aparelho celular.

 

A mobilidade está deixando de ser somente uma extensão dos sistemas corporativos tradicionais para adotar um papel mais relevante e pervasivo no ambiente corporativo, ultrapassando, inclusive, os limites da empresa. A mobilidade deve permitir muito mais do que a tradicional automação da força de venda; deve se transformar em uma plataforma de comunicação entre empresa, clientes e sociedade. Essa transformação está acontecendo nesse momento.

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