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O content commerce na potencialização do marketing
David Laloum, CSO do Distrito, fala sobre o papel das adtechs e martechs na expansão de marcas
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BuscarDavid Laloum, CSO do Distrito, fala sobre o papel das adtechs e martechs na expansão de marcas
Luiz Gustavo Pacete
4 de novembro de 2020 - 8h00
No final de outubro, David Laloum, ex-CEO da Y&R, assumiu a posição de Chief Strategy Officer (CSO) do Distrito, empresa de inovação da qual também se tornou sócio. A integração de Laloum ao time, que conta com Gustavo Gierun e Gustavo Araújo, CEO, marca uma nova fase da empresa que deve, a partir de agora, acelerar a agenda estratégica e de transformação de grandes empresas. Laloum estava a frente da Y&R no Brasil desde 2016 e deixou a agência em outubro, em função do processo de fusão global entre Y&R e VML, que durou dois anos. Ao ProXXIma, ele ressalta o poder das adtechs e martechs na construção do novo marketing.
“Se pensamos que Google, YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, Tik Tok entre outras são empresas de mídia, podemos classificá-las como adtechs”
O Distrito tem um olhar para o universo de adtechs e martechs como você enxerga o avanço da relação dessas startups especializadas em marketing e ads na aproximação para com as grandes empresas?
Sim, esta é uma das principais verticais do Distrito, a primeira a ter sido criada três anos atrás. Se pensamos que Google, YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, Tik Tok entre outras são empresas de mídia, podemos classificá-las como adtechs. E são justamente estas empresas que revolucionaram a nossa relação com tecnologia na parte de software. Isso diz muito sobre o poder desta vertical. E esse poder se acelera ainda mais quando vemos alguns movimentos essenciais como a evolução de grandes empresas em plataformas onde milhões de clientes e dados viram um asset extraordinário e uma fonte de receita muito relevante. Vemos ainda outros movimentos como o de content commerce, a partir do qual o marketing e o conteúdo tornam-se motor de vendas. Isso sem falar da chegada do 5G com geolocalização, por exemplo. Há muitas frentes ainda em aberto nesta área de adtech/martech, o que sem dúvida algum, abre espaço para a geração de muitos novos negócios.
Qual é o maior desafio da transformação digital atualmente?
Acredito que o principal desafio nas empresas é cultural: abraçar a inovação aberta, mil vezes mais potente do que a inovação interna, parar de criar planejamentos para 3 ou 5 anos e, ao invés entrar em processos ágeis de prototipagem de novas soluções, testar, implementar o fast fail e aceitar a mudança como novo estado de permanência. Para isso, se fazem necessárias organizações que sejam pontes, conectores e facilitadoras, que transportem essas empresas para a nova economia.
Como a experiência em liderar uma agência de publicidade adiciona agora à uma empresa de inovação focada na transformação digital das empresas?
De um lado, eu tive o privilégio de ser CEO de uma empresa de 400 pessoas, líder de seu segmento. Nesta função, construí relações de trusted advisor com algumas das maiores empresas do Brasil, focando em estratégia e marketing. Isto é uma experiência agregadora para uma empresa nova como o Distrito. Ainda assim, enxergo coisas em comum entre esses dois universos para além da interseção em adtech/martech. A busca pela geração de valor através de criatividade e inovação é uma delas. A atuação em vários segmentos, o que nos deixa em uma posição privilegiada de entendimento do mercado como um todo, é outra.
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