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O Pokémon Go chegou. E agora, Brasil?
Com o lançamento no País, agências discutem a eficiência e as possibilidades a serem exploradas pelo marketing no jogo da Nintendo
Com o lançamento no País, agências discutem a eficiência e as possibilidades a serem exploradas pelo marketing no jogo da Nintendo
Luiz Gustavo Pacete
4 de agosto de 2016 - 12h58
Após um mês do lançamento nos Estados Unidos, o cobiçado Pokémon Go chegou ao Brasil na tarde desta quarta-feira, 3, disponível na Apple Store e no Play Store. O jogo, tão comentado pelo mercado publicitário, pelo uso que faz da realidade aumentada e ao alto nível de engajamento que gera, agora é realidade também para o mercado brasileiro. E junto com a chegada do game fica também a pergunta: o que o Pokémon Go pode trazer de oportunidades para as agências e marcas aqui no Brasil?
Qualquer nova plataforma deve ser vista com um olhar atento pelas marcas, diz Roberto Grosman, co-CEO da F.biz. “Seja de comunicação, entretenimento ou até de serviços, traz oportunidades para as marcas. A grande questão não é “se” mas “qual” e “como”. A atuação da marca tem que ser integrada de forma natural à plataforma, trazendo um benefício e não sendo uma interrupção aos usuários que lá estão”, diz Grosman. Ele explica que um dos principais ativos do Pokémon Go é o nível de engajamento. “A marca que conseguir se inserir sem “atrapalhar” a experiência do usuário, pode se beneficiar da experiência incrível do jogo”, diz.
“O mais bacana do Pokemon Go é popularizar um comportamento que já vem sendo experimentado há algum tempo que é a realidade aumentada. por enquanto só se viu poucas iniciativas muito experimentais e esse formato de espaço real interagindo com elementos virtuais é muito potente”, diz Tiago Ritter, CEO da W3haus. O executivo exemplifica a aplicação dos conceitos de realidade virtual, por exemplo na experimentação de uma maquiagem, uma roupa, um acessório. “O que antes era experimentação de nerd, pode ficar popular”, conclui.
Victor Azevedo, do IBMEC e sócio da Codezone, acredita que a estratégica da Niantic, apesar de incoerente, por demorar a lançar o game aqui, tendo em vista que o Brasil está entre os 15 maiores mercados para os jogos no mundo, traz várias oportunidades. “O jogo foi criado para ter interação humana com os lugares, ou seja, consumidor com bens de consumo. Temos que encarar como uma mídia onde as empresas podem definir para onde as pessoas devem procurar novos e raros Pokemon’s. ”. Nos Estados Unidos, cafeterias e restaurantes já usam o jogo para atrair clientes. Fora do Brasil, o McDonald´s foi a primeira marca a se associar oficialmente ao game. A rede confirmou, no Japão, que seus trinta mil restaurantes terão localização patrocinada no jogo.
Hércules Pereira, sócio diretor de mídia da Purple Cow, acredita que o desafio as marcas e aos desenvolvedores para criarem soluções que sejam ao mesmo tempo interessantes e para conseguir cativar novos usuários e clientes. “O Pokemon Go reforça uma tendência que está cada dia mais forte: digital (mobile) x mundo físico, afinal a maior parte das oportunidades mais claras com o game são a grande integração que ele faz do virtual com o real. Pois, abre aspas, “leva pessoas para os lugares físicos jogarem”, ou seja toca num ponto que os gigantes digitais (Google e Facebook) mais correm hoje, conseguir influenciar os negócios físicos a partir do universo digital.”
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