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Opinião

A escolha dos caminhos para chegarmos aos bons resultados

O mercado da publicidade digital só cresce. Inegável o crescimento de audiência e nossa conexão por canais digitais dos mais diversos


24 de novembro de 2020 - 8h00

Cris Camargo

Nesta primeira coluna no ProXXIma, gostaria de me apresentar e explicar sobre o que pretendo falar aqui mensalmente. Meu nome é Cris Camargo, sou CEO do IAB Brasil, associação que representa o mercado de publicidade digital no país. Muitos me conhecem como a “Cris do IAB” mas, antes de administrar uma associação, trabalhei por aproximadamente 20 anos neste mercado, passando por agências e anunciantes.

Nesta posição que ocupo hoje, tenho o privilégio de conversar e ouvir as dores de todas as peças deste jogo: agências, anunciantes, veículos, plataformas e consultorias. E para esta nova coluna de artigos quero amplificar estas conversas. Minha ideia é trazer temas de algumas das minhas conversas, muito do que percebo de desafiador no mercado publicitário, e deixar o canal aberto para troca de experiências com os colegas da área.

Neste primeiro texto trago algo que realmente me brilha os olhos: entender onde mora o equilíbrio da eficiência e eficácia. Como podemos fazer, não apenas o melhor, mas o melhor da melhor forma.

O mercado da publicidade digital só cresce. Inegável o crescimento de audiência e nossa conexão por canais digitais dos mais diversos.

E em um ambiente que só cresce a galopes, seria inaceitável aparecer dentro das nossas empresas com uma proposta de fazer menos, certo? Inaceitável desacelerar, não crescer, não andar neste ritmo frenético. Mas quando corremos em manada, muitas vezes deixamos de notar o ambiente, nossa necessidade como empresa e nossa maturidade para seguir a massa.

Sendo assim, será que a corrida traz equilíbrio entre a excelente aplicação da técnica e a remuneração justa dos seus fornecedores? Onde está o ponto ideal de puxar uma equipe para crescer em ritmo acelerado e o respeito ao ser humano? Onde mora a nossa busca por resultados e o olhar atento para os efeitos que podemos causar nos consumidores? Esta é a parte mais complexa da equação.

Se olharmos especificamente para a questão da gestão de pessoas, por exemplo, há muito já se percebeu que não é possível tratar e exigir dos funcionários que entreguem resultados como máquinas, é preciso ir além: entender fortalezas e fraquezas de cada um, além de envolvê-los nas decisões. Li esses dias um artigo da Harvard Business Review, intitulado “Stop Overengineering People Management”, do Peter Cappelli, que dizia que estamos voltando para esse modelo de padronizar e exigir as mesmas habilidades de pessoas diferentes, em busca de otimizar os resultados. E deixando a tomada de decisão para especialistas e seus algoritmos. Porém, de acordo ainda com este artigo, a história vem mostrando que vários problemas indiretos são causados ao ver a produtividade do colaborador apenas como um “desafio de engenharia”.

Especialmente no contexto de pandemia, mesmo não estando de acordo, trabalhadores aceitam ser tratados como máquinas, principalmente por conta das condições econômicas, mas isso é um erro que pode trazer muitas consequências para o futuro. Alguns estudos da Harvard Business School sobre o tema aconteceram na década de 30! Se já sabemos disso há tanto tempo, por que estamos regredindo?

Deixo aqui meu convite para a conversa de hoje: não dá para operar nenhum negócio só pelo aspecto técnico. Nossa responsabilidade social é algo que deve ser exercitado, mesmo que nossas empresas não exijam isto, ou deixem aspectos escapando entre os dedos. Somos responsáveis por qualquer impacto gerado em nossos pares, fornecedores, funcionários e parceiros. Somos responsáveis pela cultura que espalhamos por aí.

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