Além do Tejo, do Atlântico e do Pacífico
Estamos a discutir a Web3, o nomadismo digital, o futuro do trabalho e das relações entre marcas, empresas e consumidores
Estamos a discutir a Web3, o nomadismo digital, o futuro do trabalho e das relações entre marcas, empresas e consumidores
1 de novembro de 2022 - 5h11
Chego para o meu primeiro Web Summit com altíssimas expectativas e a sensação de estar frente à uma explosão de conhecimento, culturas, informações e novidades. As trilhas de conteúdo são muito diversas, com uma quantidade gigantesca de opções e, assim como outros grandes festivais, o primeiro e maior trabalho é decidir por onde andar e o que fazer.
É certo que não vou acertar todos os conteúdos. A teoria diria que é o FOMO (Fear of Missing Out), mas vou ficar com a versão portuguesa das ruas: o F*da-se.
Outro destaque do pré-evento é o app do Web Summit, uma plataforma muito interativa que aponta toda a programação de uma forma bem interessante, além da possibilidade de se conectar com outros participantes – garantindo o início do networking antes mesmo do evento começar. Com tanta coisa para ver, é fundamental consumir o máximo possível de informação prévia para ter mais opções do que assistir e quais trocas podem ser feitas.
O cenário da inovação e tecnologia faz um contraste grande com a histórica Lisboa, que já deixou de ser bucólica como algumas décadas atrás e, hoje, já se apresenta como um dos principais destinos europeus. A cidade e o governo vêm fazendo um enorme esforço de transformação do destino, inclusive investindo bastante para que o Web Summit aconteça por aqui – € 6,3 milhões, para ser mais exato.
O fim do verão europeu acaba trazendo apreensões sobre como será o inverno que vem chegando, não só pelo frio, mas por todos os impactos que a guerra promove. Se até agora o desafio era superar uma pandemia, parece que uma nova fase já está em jogo e coloca o mundo e as inovações frente à um novo cenário incontrolável.
Estamos a discutir a Web3, o nomadismo digital, o futuro do trabalho e das relações entre marcas, empresas e consumidores. No entanto, o que realmente parece preocupar o europeu é como se aquecer, produzir e pagar as contas ao fim do inverno. Problemas simples que exigem soluções complexas e impactos além das margens do Tejo.
Com a mente aberta para sugar o máximo de conteúdo e aprendizado, me junto aos 70 mil participantes e embarco agora no Web Summit 2022. Espero poder dividir um pouco do que vi por aqui com vocês!
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