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5 lideranças trans que lutam pela inclusão no mercado de trabalho 

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Women to Watch

5 lideranças trans que lutam pela inclusão no mercado de trabalho 

Conheça mulheres engajadas em ampliar as oportunidades e combater o preconceito em suas áreas de atuação 


31 de março de 2022 - 6h00

A ativista norte-americana Rachel Crandall fundou, em 2009, o Dia Internacional da Visibilidade Trans. A data, comemorada em 31 de março, pretende mostrar que, para muito além do preconceito e violência sofridos por tantas pessoas transgênero, suas conquistas e feitos também devem ser celebrados. 

Para marcar a data, Women to Watch preparou uma lista com lideranças trans femininas brasileiras que têm feito a diferença para ampliar as oportunidades profissionais e combater o preconceito em suas áreas de atuação. Conheça um pouco da carreira e da trajetória de cinco profissionais que são lideranças em seus segmentos e lutam para que a inclusão e a diversidade se consolidem cada vez mais como valores inegociáveis no mercado de trabalho.  

Danielle Torres 

 

(Crédito: Arquivo pessoal)

Primeira mulher trans a ocupar um cargo executivo na consultoria KPMG, Danielle foi reconhecida no ano passado como uma das 500 personalidades mais influentes da América Latina pela Bloomberg Línea. Iniciou a transição de gênero após anos trabalhando na empresa e foi apoiada e acolhida internamente em sua decisão. Hoje sócia-diretora de práticas profissionais da KPMG, tornou-se uma referência na busca por conscientizar o mercado a acolher mais profissionais trans. É colunista da revista Marie Claire.

Marcia Rocha 

 

(Crédito: Reprodução/Instagram)

Márcia é advogada, empresária, representante da World Association for Sexual Health e idealizadora do TransEmpregos, projeto que busca aproximar profissionais trans de oportunidades de trabalho em ambientes acolhedores. Revelou sua identidade de gênero publicamente pela primeira vez em um evento da OAB. Logo, passou a integrar a Comissão de Diversidade da entidade e a tratar da questão de gênero em muitos eventos e palestras de advogados. Foi a primeira travesti a conseguir o reconhecimento do nome social na OAB. 

Fabíola Lopes 

 

(Crédito: Reprodução/Instagram)

Fabíola foi uma das primeiras profissionais trans a serem contratadas pela Unilever Brasil e hoje ocupa o cargo de executiva de vendas da multinacional. Com duas faculdades no currículo, ela começou a se afirmar como mulher trans ao participar das cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, ao lado da transexual Léa T. Com a decisão, veio também a incerteza profissional. Foi quando ela entrou no site TransEmpregos e descobriu uma vaga de auxiliar de escritório, abaixo de sua qualificação profissional. Na entrevista com a Unilever, descobriu que a empresa também abrira uma posição de executiva de negócios. Foi contratada em 2018. Hoje, ela atua buscando abrir ainda mais oportunidades para profissionais trans na empresa. É uma das líderes do Proud, grupo de afinidade formado por profissionais da Unilever para promover a representatividade e o acolhimento dos profissionais LGBTQIA+

Maite Schneider 

 

(Crédito: Reprodução/Instagram)

A curitibana Maite Schneider é militante de Direitos Humanos desde 1990. Eleita como uma profissional de destaque pela lista anual LinkedIn Top Voices em 2019, é cofundadora do projeto TransEmpregos e embaixadora da RME, a maior rede de empreendedorismo feminino no Brasil. Iniciou sua afirmação de gênero numa época em que terapias hormonais, cirurgias e acompanhamento médico eram de difícil acesso. Apaixonada por direito penal, foi recusada por diversos escritórios enquanto cursava a faculdade, até iniciar sua atuação em movimentos e espaços LGBTQIA+ e palestrar e falar sobre sua história. É também Cofundadora da Integra Diversidade, consultoria especializada em inclusão e diversidade.

Raquel Virgínia 

 

(Crédito: Arthur Nobre)

Com carreira destacada no cenário musical como cantora e uma das líderes da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, que encerrou recentemente suas atividades, Raquel Virgínia fundou no fim de 2021 a Nhaí, agência de gestão de cultura e consultoria para aumentar a presença de pessoas trans e negras no mercado criativo. Neste ano, a empresa organizou o evento Conta Aí, que levou empreendedores negros e trans a debater, na Avenida Paulista, alternativas para continuar a fazer seus negócios crescerem.  

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