As contradições do cinema no Brasil

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As contradições do cinema no Brasil

Enquanto o setor fecha 2011 com bilheteria recorde, meio continua a ser um dos mais esquecidos pelo mercado publicitário


10 de janeiro de 2012 - 10h04

O cinema brasileiro vivenciou um ano de números contraditórios. Enquanto as salas estiveram lotadas e o público compareceu em peso para assistir aos grandes lançamentos internacionais, o meio foi praticamente deixado de lado pelos anunciantes e pelas agências na elaboração dos planos de mídia.

Pelo lado positivo, o cinema bateu recordes no Brasil. No último ano, 141,7 milhões de ingressos foram vendidos, o que representa um aumento de 5% em relação ao ano de 2010 – que teve o arrasador Tropa de Elite que, sozinho, levou mais de 11 milhões de pessoas às salas de cinema nacional.

Ao contrário de 2010, o ano passado não teve um destaque isolado de determinado filme, mas acabou sendo muito bom para o mercado cinematográfico no conjunto geral. O faturamento total das bilheterias das salas de cinema do País foi de R$ 1,4 bilhão, superior ao total de 2010, que foi de R$ 1,24 bilhão. Os dados foram divulgados pela Filme B, que analisa e monitora o mercado cinematográfico nacional.

Segundo as estatísticas do portal, 333 filmes foram exibidos nas salas de cinema do Brasil no ano passado. Desses, o campeão (em termos de renda gerada) foi a animação Rio, feita pelo brasileiro Carlos Saldanha. Feito em 3D (fator que colabora para o preço maior do ingresso e, consequentemente, a elevação do valor arrecadado com a bilheteria), o filme que narra a saga da arara azul Blu rendeu R$ 68,734 milhões de faturamento. Em segundo lugar ficou o filme Amanhecer – Parte 1, da saga Crepúsculo, que gerou uma renda de R$ 64,141 milhões.

Apesar de estar na vice-liderança no faturamento, a história dos vampiros ficou em primeiro lugar na lista dos filmes com maior público no ano. A primeira parte do último capítulo da saga Crepúsculo levou 6,9 milhões de pessoas aos cinemas. Já Rio fechou o ano com um publico de 6,3 milhões de pessoas.

Público em alta, publicidade em baixa

Mesmo com esses bons números, o meio cinema ainda foi pouco explorado como mídia. Entre os meses de janeiro e outubro de 2011, de acordo com as últimas análises do projeto Inter-Meios, o setor encolheu 5,10% em faturamento com publicidade, em comparação com o mesmo período de 2010, recebendo R$ 69 milhões de investimentos.

Para se ter uma ideia da pouca representatividade do setor, de todo o montante investido em publicidade no Brasil, em todas as mídias (TV Aberta, TV Paga, Rádio, Internet, Mídia Exterior, Jornais, etc), o cinema abocanha apenas 0,30%.

Veja a lista dos filmes que mais faturaram (em bilheteria) no Brasil em 2011:

1- Rio – R$ 68,734 milhões
2- Amanhecer – Parte 1 – R$ 64,141
3- Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 – R$ 57,730
4- Os Smurfs – R$ 52,198
5- Piratas do Caribe 4 – R$ 49,226
6- Enrolados – R$ 39,803
7- Gato de Botas – R$ 36,051
8- Transformers: o lado oculto da lua – R$ 35,916
9- Carros 2 – R$ 33,730
10- Velozes e Furiosos – R$ 33,414
 

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