Abap se posiciona contra o BV de produção
Entidade avisou associadas que não reconhece a prática e defende honorários de 15% às produtoras
Entidade avisou associadas que não reconhece a prática e defende honorários de 15% às produtoras
Meio & Mensagem
11 de junho de 2015 - 4h28
A Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) reafirmou, por meio de comunicado a suas associadas, que não reconhece ou apoia a prática de recebimento de comissões por parte das produtoras.
A prática, conhecida como BV de produção, foi a gênese dos repasses irregulares ordenados por Ricardo Hoffmann, ex-diretor do escritório de Brasília da Mullen Lowe (ex-Borghi/Lowe), para empresas do ex-deputado André Vargas – e que implicaram o nome da agência na Operação Lava Jato.
No mesmo texto, a Abap defende a remuneração de 15% “pela contratação, acompanhamento e supervisão dos serviços de produção de terceiros prestados aos clientes das agências”, conforme determinam as Normas-Padrão da publicidade brasileira.
À reportagem “Os perigos da relação paralela”, publicada pela edição impressa de Meio&Mensagem em 27 de abril (e com trechos disponíveis nesta reportagem do site do M&M), a Abap já havia condenado a prática.
“O que parece acontecer nesses casos é que o cliente pressiona a agência para não pagar e isso faz nascer uma relação paralela, que não aprovamos, de cobrar da produtora o que se devia cobrar do cliente”, avalia Orlando Marques, presidente da entidade.
“As normas estão aí para serem cumpridas e não existe nenhuma regulamentação para cobrança de BV sobre o serviço da produtora. Se o cliente não está pagando a agência pela produção, não está cumprindo as práticas do mercado. Mas isso não se justifica que se cobre do fornecedor”, completou Marques.
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