C&A abraça a inclusão
Posts com modelo com vitiligo e quebra dos estereótipos de gênero continuarão fazendo parte das campanhas da marca
Posts com modelo com vitiligo e quebra dos estereótipos de gênero continuarão fazendo parte das campanhas da marca
Bárbara Sacchitiello
14 de novembro de 2016 - 14h30
“Há alguns anos, falávamos de moda apenas por meio de ícones tradicionais: modelos, celebridades, estilistas e desfiles. Hoje, a moda é uma forma de expressão e inclusão do indivíduo”. A conclusão do vice-presidente de operações e marketing da C&A, Elio Silva, vem sendo traduzida na comunicação da marca em um movimento que teve início em março, quando a rede de varejo apresentou a primeira campanha publicitária assinada pela AlmapBBDO.
O comercial “Despertar”, lançado na época, já trazia elementos visuais e um contexto bem diferente das campanhas anteriores da rede varejista. Ao colocar diversos homens e mulheres, de várias cores, raças e estilos, tirando e colocando roupas enquanto corriam em um campo, já sinalizava que a liberdade e a diversidade estariam presentes na comunicação do anunciante.
“A escolha dessa temática, que propõe a liberdade de escolha, livre de todo e qualquer preconceito, vem permeando nossas campanhas. Em um mundo mais diverso, qualquer pessoa pode usar a moda de forma mais livre e sem perder sua essência”, destaca o executivo.
Na semana passada, uma campanha da C&A voltou a chamar a atenção e gerar comentários nas redes sociais. Para exibir uma nova coleção, a marca escolheu uma modelo que foge dos padrões utilizados pelas marca de vestuário pelo fato de ser portadora de vitiligo.
Postada nas páginas oficiais da marca no Facebook e no Instagram, a imagem rapidamente gerou repercussão e recebeu muitos elogios do público, que parabenizaram a marca pela atitude. “A escolha da modelo para a campanha está alinhada com o nosso ponto de vista sobre a moda como uma forma de se expressar. A passarela da moda agora não é mais um lugar distante, escondido. É a rua, é a timeline no Facebook, são os posts no Instagram… A moda realmente se tornou algo inclusivo e que deve estar a serviço da diversidade e da individualidade”, frisa Elio Silva.
Diante de polêmica, C&A defende diversidade
As próximas etapas da comunicação da marca devem continuar abrindo espaço para a diversidade. “que o cliente enxergue em nós uma empresa parceira de seu guarda-roupa e que ele possa se sentir livre para escolher e se expressar para o mundo, sem qualquer tipo de preconceito ou estereótipo”, comenta o vice-presidente de marketing.
Apesar do volume de críticas positivas ser consideravelmente maior, a marca não escapou de reclamações e de polêmica ao adotar o atual posicionamento. No Dia dos Namorados, o comercial da C&A foi alvo de denúncias no Conar. A reclamação dos espectadores era pelo fato de as cenas mostrarem rapazes e garotas trocando de roupa entre si.
Compartilhe
Veja também
Fabricante do Ozempic, Novo Nordisk faz campanha sobre obesidade
Farmacêutica escolhe a iD\TBWA para ação que envolve peças de out-of-home, mídias digitais e mensagens na TV paga
Papel & Caneta lista os 30 agentes de mudança do mercado em 2024
O coletivo também divulga 25 iniciativas, três a mais que a última edição, que transformaram a indústria da comunicação em 2024