Hellman?s é questionada por tom saudável
Conar acolhe reclamação de consumidores e pede alteração de filmes que exaltam baixas calorias de maionese e dez tomates na fórmula de ketchup
Conar acolhe reclamação de consumidores e pede alteração de filmes que exaltam baixas calorias de maionese e dez tomates na fórmula de ketchup
Meio & Mensagem
2 de agosto de 2012 - 1h18
Em reunião realizada na segunda-feira 31, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pediu alteração de dois comerciais recentes da Hellman’s, ambos criados pela Ogilvy, que destacam os aspectos saudáveis da maionese e do ketchup da marca pertencente à Unilever (assista abaixo). Nos dois casos, as representações tiveram origem em reclamações de consumidores.
O comercial da maionese a compara ao azeite e diz que Hellman’s tem menos calorias e ainda possui gordura que faz bem à saúde. Mesmo após apresentação de dados pelo anunciante que comprovam a informação, o relator considerou que isso “não permite que o produto seja apresentado como alimento saudável da maneira como foi no anúncio”.
Ele defendeu, ainda, que apesar de ter essas qualidades, a maionese contém mais ingredientes do que aqueles responsáveis pelas baixas calorias e pela gordura “saudável”. Pela decisão, o filme deve ser alterado. Não cabe recurso, já que esta é uma decisão em segunda instância, aprovada por unanimidade.
Já o filme do ketchup sofreu penalização mais branda. No entender da relatora responsável, apenas uma frase merece alteração. Nela, uma personagem afirma: “Minha filha comia arroz com ketchup, agora come arroz com tomate”. Para o Conar, há sugestão de troca de consumo de tomate por ketchup e que, após esta modificação, o filme pode voltar a ser exibido.
Flora vs. Reckitt
Na mesma reunião, o Conar votou processo apresentado pela Flora, do Grupo JBS, contra afirmação usada pela Reckitt Benckiser no lançamento do detergente Veja, que rende, supostamente, até quatro vezes mais do que outros produtos. Decidiu-se, após discussão, pela sustação da campanha por maioria de votos. Um prazo foi estipulado entre as partes para mudança dessa afirmação também nos produtos onde aparece estampada.
As campanhas de Peugeot (envolvendo um estagiário pisoteado) e da Du Loren, considerada preconceituosa (leia mais aqui), foram julgadas em segunda instância. No caso da montadora, decidiu-se novamente pela suspensão da campanha – mas ela ainda pode recorrer e ser levada a sessão plenária. A campanha da Du Loren teve sua suspensão determinada e não cabe recurso.
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