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Comunicação

JWT oficializa Ricardo John como CEO

Movimento também transfere Ezra Geld para o posto de chief strategy officer do Grupo JWT no Brasil


24 de outubro de 2018 - 9h05

Ricardo John e Ezra Geld: relações regidas a partir do brasil respondem por 65% do portfolio atual (Crédito: Arthur Nobre)

O Grupo JWT oficializa neste mês mudanças no comando de suas empresas no Brasil, que, de fato, já veem sendo implementadas nos últimos meses e foram adiantadas por Meio & Mensagem em abril. Ricardo John, chief creative officer da J. Walter Thompson desde 2012, é o novo CEO da agência, principal empresa da rede e comandada desde 2013 por Ezra Geld, que passa a responder como chief strategy officer do grupo, que engloba também Mirum (digital), i-Cherry (search), Mutato (conteúdo), Blinks (mídia de performance e programática), Try (user experience e design) e Enext (consultoria de e-commerce e marketing cloud).

“O serviço digital está no coração do que a gente vai fazer. E o meu trabalho está voltado à pensar como plugar todas essas vertentes”, explica Ezra. Segundo ele, as sete empresas do grupo continuarão operando de forma independente, mas trabalhando juntas quando o cliente demandar mais especialidades. “Apesar da busca por simplificação, os anunciantes pedem especializações verticais. Entendemos que criar hubs é uma forma de manter viva a especialização vertical, mas permitir que o cliente viva uma vida um pouco mais simples”, diz Ezra, exemplificando com o hub montado pelo grupo para atender Avon, que inclui J. Walter Thompson, Mutato e i-Cherry. Na condução do Grupo JWT no Brasil, Ezra responde a Stefano Zunino, CEO da J. Walter Thompson na América Latina e chief transformation officer worldwide.

Já na direção da J. Walter Thompson, o time de líderes do CEO Ricardo John é formado por Stella Pirani (planejamento) Felipe Jacon (atendimento), Giovanna Venturelli (mídia) e Andre Paes de Barros (negócios). Nos últimos meses, a J. Walter Thompson conquistou mais fatias nas verbas de clientes já atendidos pela agência. Na Johnson & Johnson, da qual já cuidava de marcas como Listerine e Tylenol, conquistou a conta institucional, antes na DM9DDB. A Coca-Cola, um de seus clientes mais importantes, entregou para a Thompson toda a sua plataforma teen. Da Heineken, que já mantinha a marca Amstel no portfolio da casa, chegou também a Sol.

Segundo John, um efeito das movimentações recentes é o aumento no peso das contas nacionais no faturamento e na receita da agência. “A porcentagem de clientes nacionais nunca foi tão alta. A pecha de agência multinacional distante é uma ficção hoje em dia na Thompson. Essa é uma mudança de paradigmas importante. Clientes como Avon, Coca-Cola, Tramontina, Pernambucanas e vários outros são conquistas locais”, frisa. Ele calcula que as relações regidas a partir do brasil respondem por 65% do portfolio atual. “A Avon, por exemplo, é um cliente que se tornou global a partir do Brasil. Ou seja, agora a gente não é mais enlatado, a gente enlata.” Outro exemplo é a conquista da conta regional de Ades para a América Latina, a partir do México com uma produção brasileira.

Por outro lado, a agência pode amargar um grande revés na sua carteira de clientes. A Ford concluiu neste mês uma concorrência global e entregou sua conta criativa para a BBDO, além de ter selecionado a Wieden + Kennedy para projetos específicos de inovação. O Grupo WPP, que vinha atendendo a marca através da operação dedicada GTB, que funciona acoplada à J. Walter Thompson, não perdeu toda a verba, permanecerá com as áreas de planejamento de mídia, shopper marketing, CRM e atendimento multicultural. Os desdobramentos no Brasil ainda não foram definidos, até porque no País a AlmapBBDO atende à concorrente Volkswagen – que também realiza uma concorrência global.

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