Comunicação
Publicidade: um mercado sem minorias
Apenas 15% dos empregados de agências nos Estados Unidos são afro-americanos, asiáticos ou hispânicos
Apenas 15% dos empregados de agências nos Estados Unidos são afro-americanos, asiáticos ou hispânicos
Meio & Mensagem
25 de janeiro de 2013 - 10h44
Os movimentos afro-americanos pelos direitos civis que lutaram pelo fim da segregação racial nos Estados Unidos tiveram algumas conquistas nas últimas décadas, como o fim da lógica que oferecia diferentes níveis de qualificação educacional para “brancos” e “pessoas de cor”.
Mas uma barreira incômoda afeta justamente o mercado publicitário: a proporção de empregados de minorias étnicas é bem menor do que a participação desses segmentos na população dos Estados Unidos. A soma de afro-americanos, hispânicos e asiáticos representam 37% da população do país, mas estão em apenas 15% dos cargos nas agências. No caso dos hispânicos, a faixa demográfica que mais cresce nos Estados Unidos, eles são 17% da população em geral e apenas 5% do mercado.
Confira o gráfico abaixo (azul representa a proporção na população em geral, rosa significa participação no mercado publicitário):
Em artigo no Advertising Age, Lincoln Stephens, fundador da Marcus Graham Project, iniciativa que tem como principal meta reduzir essa distância, afirma que a questão precisa ser discutida, mesmo sendo um assunto difícil para os dois lados da mesa. “De um lado, há pessoas talentosas que querem ascender à liderança. Do outro, há empregadores que deveriam estar interessados em tornar suas empresas mais diversificadas. E acredito que o interesse realmente exista”, aponta.
Ele dá sugestões para os dois lados. Para os empregados, ele aponta algumas necessidades, como a de nacionalizar a discussão. Como consumidores, eles também podem ajudar, ao pedir às marcas que exijam de suas agências maior diversidade. Além disso, é preciso vencer uma barreira e mostrar aos amigos e familiares que a publicidade é sim uma carreira válida para minorias étnicas. “Não espere o mercado vir até você”, sugere Stephens.
Para as empresas, ele pede o fim de certos preconceitos, como o de pensar que as minorias não estão interessadas em trabalhar com publicidade. “Não contrate apenas seus amigos e filhos de clientes. E não vamos fingir que isto não acontece”, diz. Outra sugestão é que as agências reexaminem seus orçamentos e invistam mais em desenvolvimento e talentos.
“Os dois lados precisam achar solução em conjunto. Há muitas coisas a serem feitas e a questão é complexa. Agências, entidades, veículos, professores e pais: todos têm que trabalhar em conjunto”, aponta.
Com informações do Advertising Age.
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