A Nintendo e o valor agregado de um papelão

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A Nintendo e o valor agregado de um papelão

Nova invenção da empresa japonesa, o Labo, foca na simplicidade e o movimento maker com foco no público infantil


22 de janeiro de 2018 - 13h57

 

O Labo custa US$ 69,99 e já está disponível para vendas

Na semana passada, a Nintendo lançou o Nintendo Labo, um kit de acessórios feitos de papelão e conectáveis ao Nintendo Switch. De acordo com Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, a escolha do papelão como principal material dos acessórios remete à simplicidade e à facilidade do manejo das peças. O foco do novo produto é o público infantil, atualmente, influenciador por movimentos de cultura maker.

Para Igor Andrade, jornalista especializado em Nintendo, por trás das inofensivas cartelas de papelão há uma estratégia de criação e manutenção de mercado que resgata a velha Nintendo dos anos 1950. “Desde que começou a desenvolver videogames, nunca foi prioridade da Nintendo ter a mais avançada das tecnologias. Mais caras, são, por consequência, menos acessíveis. A experiência, portanto, veio sempre em primeiro lugar e o inesperado Nintendo Labo segue totalmente esse esquema.”

Igor ressalta que claramente feito para crianças, o Nintendo Labo tem certa semelhança com Lego Mindstorms, linha voltada para a educação tecnológica por meio da robótica, e apela para a nostalgia ao resgatar as atividades recreativas do tipo recorte e cole. ‘Vi alguns nintendistas criticando a iniciativa nas redes sociais, mas são adultos e estão interessados mesmo no próximo Metroid ou no próximo Pokémon. Do ponto de vista da genialidade, há um grande potencial. Diferentemente de Disney Infinity ou Skylanders, no qual a diversão fica melhor conforme você compra mais bonecos interativos, em Nintendo Labo o que vale é o nível de criatividade”, diz Igor.

O principal foco do produto é o público infantil

Ele afirma também que há uma jogada estratégica correndo por fora que é a manutenção ou a busca de novos públicos. “A Nintendo teve problemas com isso na geração passada, já que o GamePad do Wii U era pesado e desconfortável para os pequenos e o Nintendo 3DS, com seu efeito de terceira dimensão, era indicado para maiores de sete anos. Até fizeram o Nintendo 2DS, sem o tal recurso, mas foi lançado em 2013, dois anos depois do modelo original”, afirma.

De acordo com Gustavo Giglio, do Update or Die, com essa iniciativa, a Nintendo inicia o diálogo com uma nova geração. “O lançamento é de uma simplicidade inteligente e interessante. A marca se aproxima de vez da cultura maker e inaugura, também, uma nova forma de pensar em desenvolvimento de softwares para interagir com as cartolinas e dá mais sentido para a experiência com o produto, console e games (agora ainda mais interativa). O resultado? Uma linha de brinquedos.”

 

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