Napster traz 10 milhões de músicas ao Brasil

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Napster traz 10 milhões de músicas ao Brasil

Serviço que substitui o Sonora será lançado em 1º de novembro e custará entre R$ 8,90 e R$ 14,90 por mês. Na foto, Paulo Castro e Roni Cunha Bueno


16 de outubro de 2013 - 2h09

POR IGOR RIBEIRO
Do Meio&Mensagem

 

Em 1° de novembro começa a operar no Brasil o Napster. Além de novos assinantes, serão transferidos todos os usuários do Sonora, streaming player do Terra que será desativado. Dessa forma, o novo serviço já nasce com cerca de 500 mil usuários na América Latina, a maior parte brasileira.

Conforme havia antecipado Meio & Mensagem, a expectativa é grande, já que a parceria nasce da união de multinacionais: a americana de entretenimento Rhapsody e a telecom espanhola Telefónica. A primeira entra com uma marca internacionalmente conhecida, com larga operação nos Estados Unidos e em crescimento na Europa; a segunda apresenta o mercado latino, onde o Sonora é líder.

“O trabalho foi intenso nos últimos seis meses para construir um bom mix de conteúdo local, seja aqui no Brasil, no México ou no Chile”, diz Paulo Castro, CEO global do Terra. O vice-presidente para América Latina do Napster é Tiago Ramazzini, ex-diretor responsável pelo Sonora, que negociou junto ao Terra, gravadoras, selos independentes e outras empresas de fonográficas brasileiras a base de conteúdo nacional – mais de 60% do catálogo de 10 milhões de músicas. Além dos mercados citados, o Napster também será lançado na Argentina, Chile e Colômbia.

“Vamos fazer uma migração tranquila das playlists dos clientes, que terão uma grande vantagem, já que a Napster é a empresa que mais dispositivos diferentes suporta, entre celulares, TVs conectadas e receivers”, explica Castro. Segundo ele, a tecnologia está à frente dos principais concorrentes internacionais, como Spotify e Deezer, nesse quesito. O Napster está disponível para cerca de 650 diferentes tipos de aparelho mundo afora.

 

Também off-line

No Brasil, o serviço básico pode ser degustado por tempo limitado e após o teste gratuito, passa a custar R$ 8,90 por mês. Esse preço pode ter descontos se vendido com outros produtos do Terra, como o anti-vírus. O serviço premium permite, por R$ 14,90, a utilização do serviço off-line, graça ao download das músicas da playlist em até três dispositivos, a exemplo do que já fazia o Sonora. Em junho, uma reportagem da Folha de S.Paulo identificou nessa característica uma das poucas vantagens do serviço do Terra em relação a outras cinco marcas avaliadas.

Segundo Castro, durante o processo de revisão do Sonora, iniciado em setembro de 2012, foram analisados 14 dos principais players globais em streaming. Em novembro começaram as reuniões com diversas dessas empresas e em abril deste ano se decidiram pelo Napster. O CEO do Terra diz que a força do catálogo e o desejo de expansão dos americanos foram decisivos para a escolha. O Napster já opera em diversos países europeus, incluindo Portugal, Inglaterra, Alemanha, França e Itália, e deverá expandir sua rede a partir de um acordo estratégico da Rhapsody com a Telefonica Digital.

Roni Cunha Bueno, VP de marketing e publicidade do Terra, afirma que o novo serviço ficará sob a aba do Terra Música, parte da plataforma de entretenimento do portal, que conta ainda com o Terra Live Music, parcerias como o site Letras e a rádio Kiss FM, e o festival Planeta Terra, cuja próxima edição ocorre em 9 de novembro, em São Paulo. “Música está no nosso DNA, é uma das nossas bases, por isso damos muita atenção a esse acordo”, afirma o executivo.

Marca pioneira de música digital, o Napster nasceu como uma plataforma peer-to-peer em 1999, famosa por ter despertado a fúria de artistas que viam receitas de direitos autorais se dispersarem entre o livre compartilhamento de arquivos – o processo movido pelo grupo Metallica ficou famoso.

 

Seus criadores perderam em diversas frentes jurídicas, declararam falência e venderam os ativos em 2002, por US$ 85 milhões. A marca se tornou uma plataforma de venda de música e passou por uma série de mãos e acionistas desde então, incluindo a empresa de software Real Networks e a varejista Best Buy. Foi adquirida pela Rhapsody em 2011, cujo ex-presidente, Jon Irwin, iniciou as negociações com o Terra. Em setembro, seu principal fundo de investidores, o Columbus Nova – também donos da marca de games Rock Band –, assumiu a gestão da empresa e três de seus principais executivos assumiram cargos diretivos. Entre eles, Ethan Rudin, novo CFO que fez carreira na rede Starbucks.

 

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