Melhores (e piores) momentos da Copa

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Melhores (e piores) momentos da Copa

Marcas, seleções, jogadores: veja quem deixa o Mundial com a bola cheia e quem sai com a bola murcha


14 de julho de 2014 - 8h11

BOLA CHEIA – AS GRANDES JOGADAS DO MUNDIAL

Avalanche nas redes sociais
Que essa seria a Copa das redes sociais, já se sabia muito antes do apito inicial. Anunciantes como Adidas, Coca-Cola, IBM e Itaú tiveram à disposição, alguns via agências, complexas salas de monitoramento online do humor do torcedor. A avalanche de conversas online atingiu o ápice na semifinal entre Brasil e Alemanha. No Facebook, 66 milhões de pessoas em todo o planeta movimentaram mais de 200 milhões de comentários, curtidas e compartilhamentos. Só no Brasil foram 16 milhões de pessoas engajadas em 52 milhões de interações. A partida se tornou também a mais comentada de toda a história do Twitter, com 35,6 milhões de tweets.

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E os copos viraram troféus
Dentro do controle rígido da Fifa para as ativações dos patrocinadores nos arredores e dentro das arenas, o título de lembrança oficial de quem foi aos estádios assistir às partidas vai para uma execução simples e vencedora: os copos de Brahma, Budweiser e Coca-Cola — que, empilhados quando vazios, eram carregados pelos torcedores como verdadeiros troféus às saídas dos jogos.  

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Dentro de campo, só deu Adidas
Se antes da Copa começar as pesquisas indicavam uma vantagem da Nike na disputa dentre as fabricantes de material esportivo, quando a bola rolou só deu Adidas. Patrocinadora oficial do evento, a marca alemã veste as duas finalistas da competição, Alemanha e Argentina, enquanto para a concorrente americana sobrou a disputa pelo terceiro lugar, entre Brasil e Holanda. A onipresença da Brazuca (mostrada nas 64 partidas, nas coletivas pós-jogo e até nos telões dos estádios durante o tira-teima eletrônico) impulsionou as vendas da bola do Mundial, que, com 14 milhões de unidades comercializadas, superou com folgas a sua antecessora Jabulani.  

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As lições de RP da Alemanha
A passagem da seleção da Alemanha pelo Mundial pode ser estudada como um case de relações-públicas executado à perfeição. O planejamento começou com a escolha da base da delegação, um complexo de casas na Vila de Santo André, no litoral sul da Bahia, gerenciado pelo empresário alemão radicado no País Tobias Junge — as unidades serão comercializadas após a Copa. Dispostos a adaptarem-se o mais rapidamente às condições, aproveitaram o calor, torceram junto com os funcionários do condomínio pelo Brasil e interagiram sem estrelismo com torcedores em busca de autógrafos por todas as cidades em que passaram. A estratégia de aproximação com os brasileiros contou até com um uniforme número dois inspirado na camisa do Flamengo. A fidalguia germânica atingiu níveis máximos na vitória por 7 a 1 sobre os donos da casa, quando evitaram fazer mais gols na desnorteada seleção canarinho e consolaram a torcida local com mensagens nas redes sociais.
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Gols alegram patrocinadores
A melhor média de gols em uma Copa desde o Mundial de 1994 fez a festa dos parceiros oficiais da Fifa. A abundância de tentos multiplicou a exposição em mídia das marcas exibidas alternadamente nas placas publicitárias ao redor do campo de jogo. Sorte de patrocinadores como a Visa, cujo logotipo serviu como pano de fundo para o golaço do holandês Van Persie contra a Espanha, ainda na primeira fase da competição. 

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A América descobre o futebol
Um grande legado da Copa foi a descoberta definitiva do futebol pelos Estados Unidos, abrindo as portas para que o esporte bretão vire também uma plataforma de massa para as marcas no maior mercado de consumo do planeta. Embalados pelos bons jogos da sua seleção, os americanos lotaram espaços públicos para acompanhar as partidas. Pela TV, nos jogos contra Portugal e Bélgica, a audiência superou os 20 milhões de espectadores, batendo inclusive a de esportes mais populares no país, como o basquete. Nas oitavas-de-final contra os belgas, o nome do goleiro Tim Howard (que quebrou o recorde de defesas em um jogo na história do Mundial) foi citado quase dois milhões de vezes no Twitter. Uma campanha propondo que o arqueiro, novo herói nacional, assumisse o cargo de secretário de Defesa dos EUA foi lançada nas redes sociais — e até o presidente Barack Obama aderiu à brincadeira.

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BOLA MURCHA – AS MAIORES FURADAS DA COPA 

Toda mordida será castigada
Em meio a um torneio repleto de momentos surpreendentes, nenhum lance foi tão inusitado quanto a mordida do uruguaio Luis Suárez no italiano Chiellini, durante o jogo que decidiu qual das duas seleções passaria para a segunda fase da competição. Candidato a craque do Mundial (especialmente após os dois gols marcados na partida anterior, contra a Inglaterra) o polêmico atacante foi suspenso pela Fifa por nove jogos e multado em R$ 250 mil. O destempero motivou brincadeiras tanto na internet quanto nas ruas, com as pessoas usando o anúncio outdoor da Adidas que tinha Suárez como protagonista para reproduzir a mais famosa dentada da história dos mundiais — isso, claro, antes da patrocinadora pessoal do atleta suspender temporariamente a veiculação das peças publicitárias do qual ele era a estrela. 

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Que vergonha, Brasil!
Se por aqui a maior derrota da seleção brasileira em todos os tempos causou um apagão na publicação das marcas em redes sociais e na veiculação de anúncios em mídia impressa e na TV, fora do País o vexame virou mote para postagens de anunciantes. A japonesa Sony e as britânicas Tesco (varejo) e PaddyPower (casa de apostas), que publicou uma foto de Neymar segurando uma lata do refrigerante 7-Up, em alusão aos sete gols alemães, estão entre as empresas que aproveitaram o martírio verde-amarelo para descontrair os internautas. As reações nas redes sociais à vergonhosa derrota pouparam apenas o zagueiro David Luiz, que, por sua disposição ímpar, virou o representante da torcida dentro de campo. 

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O fantasma do Mineiraço
A ausência de Neymar, por conta de uma fratura na vértebra, na semifinal contra a Alemanha virou mote para uma ação do Grupo ABC. Como forma de apoio, os torcedores foram incentivados a irem ao Mineirão usando uma máscara com a foto do jogador — que deveria ser impressa a partir de um arquivo disponível no site somostodosneymar.com.br. Apesar de o chairman da holding Nizan Guanaes ter definido a ação como “amadora”, a produção de 60 mil peças para serem distribuídas nos arredores do estádio indicava que a ambição era maior. Nada original, uma vez que pegava carona em duas ações anteriores de uma das agências do grupo, a Loducca — responsável pelo movimento #somostodosmacacos, contra o racismo, e a distribuição de máscaras do craque em partida disputada em 2011, quando ele vestia a camisa do Santos – a ideia teve baixa adesão do público no Mineirão. Antes do jogo, o colunista do UOL Maurício Stycer disse que a iniciativa beneficiava apenas o próprio Neymar. Afirmou, ainda, temer que o apetrecho se transformasse em “um fantasma capaz de assombrar” o restante da equipe. Ao final do jogo, as máscaras foram ao chão junto com a seleção e os sete gols sofridos para os alemães.  

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A primeira impressão não ficou
O sucesso da organização e a sequência de jogos emocionantes do Mundial fez com que muitas pessoas esquecessem que a primeira amostra do torneio não foi nada empolgante. No dia 12 de junho, a cerimônia de abertura da Copa foi marcada por muitas críticas nas redes sociais – uma queixa comum era que as escolas de samba fazem apresentações melhores. O fundo do poço, porém, aconteceu durante a participação do “exoesqueleto” do projeto Andar de Novo (WalkAgain), do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Por meio do equipamento que é acionado pelo cérebro, o paraplégico Juliano Pinto daria o pontapé inicial simbólico da Copa. Aguardado como o ápice da apresentação, o ato foi realizado em apenas 16 segundos — e a transmissão da TV o mostrou por cerca de míseros dois segundos.  

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