Mídia
A receita do Facebook para os atletas digitais
Felipe Kozlowski, diretor de parcerias esportivas da plataforma, dá dicas de como os esportistas e veículos podem usar seus perfis para engajar e ampliar a audiência
A receita do Facebook para os atletas digitais
BuscarA receita do Facebook para os atletas digitais
BuscarFelipe Kozlowski, diretor de parcerias esportivas da plataforma, dá dicas de como os esportistas e veículos podem usar seus perfis para engajar e ampliar a audiência
Luiz Gustavo Pacete
26 de julho de 2016 - 17h28
A Rio 2016 representará um marco para o uso das redes sociais. Estudo recente encomendado pelo Facebook e desenvolvido pela GfK mostram que a Olimpíada deverá bater novo recorde de audiência mobile. A pesquisa revela que por conta da diversidade de dispositivos a forma como os brasileiros interessados nos Jogos vão acompanhar o evento tem mudado.
Nesta movimentação, existem oportunidades não apenas para marcas e atletas diretamente envolvidos no evento, mas a todos esportistas e veículos que podem, de forma espontânea e criativa, ampliarem suas estratégias nas redes sociais por meio do esporte. Em tempos que o conteúdo pessoal tornou-se prioridade no Facebook após a mudança de algoritmo, produzir algo que gere engajamento tornou-se cada vez mais importante.
“Será uma oportunidade importante para muitos atletas que, a partir da Rio 2016, poderão alcançar engajamento em seus perfis e gerar conteúdo”, diz Felipe Kozlowski, líder de parcerias estratégicas em esportes do Facebook no Brasil. Ao Meio & Mensagem, Kozlowski conta como que alguns atletas vêm crescendo em audiência em suas redes e de que maneira os veículos podem fazer melhor uso da plataforma quando o assunto é esporte.
Os quatro mandamentos das redes
Consistência, autenticidade, relevância e engajamento são as palavras mais importantes para quem quer fazer um bom trabalho nas redes. É óbvio que para um atleta nem sempre é possível ter todos. As vezes é difícil manter um ritmo de postagens com relevância. Mas saber trabalhar com essas quatro ideias e encaixar isso com o perfil e a naturalidade do atleta é muito importante. Tudo isso, no entanto, deve ser feito com frequência, se não existir frequência não se constrói uma relação.
A importância dos bastidores
Observamos como os bastidores interessam às pessoas. Na Copa América dos Estados Unidos, por exemplo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez alguns lives do vestiário e isso teve uma enorme repercussão. É um tipo de conteúdo que ninguém tem. O olhar do atleta, da concentração. Isso é muito importante e é um conteúdo diferenciado e que interessa aos fãs. Naturalmente, em grandes eventos isso acaba sendo contemplado pelos veículos, mas existem muitas oportunidades para fazer com que esse conteúdo não fique mais escondido.
A familiaridade com a plataforma
Tem atleta que é mais experiente na idade, mas tem uma cabeça super jovem no uso da plataforma. Em geral, o atleta que vai bem sabe a importância de testar, de experimentar e que para falar com um público novo ele precisa de novas ferramentas. Mas mais do que isso, ser ele mesmo é algo muito importante. Por isso, sempre recomendamos que eles encontrem o tom certo nas redes.
O engajamento dos latinos
O Brasil e o México são os países com maior engajamento de futebol, por exemplo. Imagine a oportunidade que atletas menos conhecidos não possuem de usarem as redes para construir sua imagem. Ainda mais agora na seleção olímpica que vemos novos e jovens atletas.
A lição para os veículos
Muitos veículos quebraram paradigmas ao usar as ferramentas digitais. O Esporte Interativo é um deles e fez isso com base em testes. Testar é outro ponto importante. Outros veículos foram aprendendo o que fazia sentido e o que não fazia sentido. Nos vídeos do Facebook, tiraram as vinhetas que eram muito comuns no começo. Passaram a usar o autoplay. Começaram a ver que algumas letras precisavam ser maiores por causa do mobile. Ou seja, viram que o conteúdo nas redes não deveria ser uma repetição. E muitos vêm alcançando êxito com o assunto.
Marcas que também geram conteúdo
Observar marcas que geram conteúdo também é um bom exercício para atletas dispostos a melhorar seu engajamento. A Red Bull é um ótimo exemplo de um produtor de conteúdo de primeira. A GoPro é outra que vem fazendo um trabalho excelente. Essas marcas mostram que o foco delas é em entrega de conteúdo de qualidade e não em apenas aparecer.
Aqueles que mandam bem
Temos exemplos recentes de atletas que estão mandando bem. Em março do ano passado, por exemplo, o Felipe Massa chegou aqui sem muito volume e já chegou a 600 mil fãs neste ano. Ele tem feito várias coisas legais. Postado fotos do paddock, vídeos com seu filho e isso vem aumentando sua base. Recentemente, ele colocou um vídeo do Felipinho Massa disputando uma corrida com o Daniel Ricciardo, a brincadeira rendeu uma repercussão interessante. Outro exemplo é o Kaká, ele já tem um jeito específico de falar com seus fãs, uma maneira muito própria, mas também encontrou o tom. Outra atleta que vem fazendo um trabalho super legal é a skatista Letícia Bufoni, com 23 anos e sem um social manager ela já tem mais de 1 milhão de fãs.
Compartilhe
Veja também
Veículos prestam homenagem aos 30 anos da morte de Ayrton Senna
Globo, SporTV e Record preparam conteúdo especial para homenagear o piloto brasileiro
Os influenciadores mais procurados no primeiro trimestre de 2024
Pesquisa realizada pela Influency.me indica os perfis de creators mais buscados e aponta que o investimento em marketing de influência deve aumentar nos próximos meses