Spcine, O2 Filmes e Hacklab anunciam serviço de streaming
Projeto tem objetivo de tornar-se janela de exibição para filmes nacionais
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Guilherme Fernandes
21 de novembro de 2016 - 17h17
A Spcine anunciou na semana passada uma plataforma própria de vídeo on demand, com foco em criar uma nova janela de exibição para filmes brasileiros independentes. Chamado de SPVOD, o serviço de streaming foi divulgado durante o Encontro Spcine, ocorrido na cidade de São Paulo.
Sessão do circuito Spcine, com presença do prefeito Fernando Haddad (crédito: Leon Rodrigues/divulgação)
Empresa municipal de cinema e audiovisual de São Paulo, a Spcine é a coordenadora e investidora inicial do SPVOD. O projeto tem parceria da Hacklab para desenvolvimento tecnológico e da O2 Play, braço da O2 Filmes para distribuição em plataformas de VOD, para operação. Segundo Igor Kupstas, diretor da O2 Play, será lançada uma versão para testes com dez longas-metragens em janeiro de 2017. O lançamento oficial está condicionado ao resultado e aceitação do mercado.
Na ocasião do evento, Alfredo Manevy, diretor-presidente da Spcine, declarou que a plataforma era a peça que faltava no trabalho realizado pela prefeitura junto ao setor audiovisual. No balanço sobre os 22 meses de atuação da empresa feito durante o Encontro, Manevy destacou as ações da Spcine para os diferentes segmentos da cadeia audiovisual paulistana.
O circuito Spcine já é a sexta exibidora da cidade de São Paulo, em número de salas
Uma dessas frentes é a São Paulo Film Commission, que agilizou produções ao centralizar e articular pedidos de filmagem na capital junto a outros setores da prefeitura, como a Companhia de Engenharia de Tráfego e as subprefeituras. As autorizações passaram a correr mais rapidamente — até três dias úteis para publicidade e até oito dias úteis para demais obras. Para Mauro Garcia, presidente executivo da Brasil Audiovisual Independente, o trabalho da Spcine se tornou referência para todo o Brasil por obter respaldo institucional da prefeitura.
Paulo Schmidt, presidente da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais, comenta que a atuação da Spcine estancou o êxodo de produções publicitárias paulistas para outras cidades e países vizinhos, como Uruguai e Argentina. “Por muitos anos a procura de locações para projetos audiovisuais internacionais priorizou o estado do Rio de Janeiro. Em 2015, o quadro se alterou, com o estado de São Paulo respondendo por 53% do total destas filmagens”, afirma Schimdt, com base em dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
A empresa municipal também montou uma rede de 18 salas de cinema gratuitas em CEUs e equipamentos da cidade, em locais com pouca infraestrutura cultural. Até o final do ano, serão 20 salas, que apresentam desde blockbusters até filmes nacionais e infantis.
Manevy também lembrou os editais lançados para diferentes formatos, como TV, cinema e games, e a facilitação da entrada de recursos da Ancine na cidade. “A entidade foi indutora do cinema, mas não conseguiu se organizar para a TV e deixou uma lacuna para o segmento”, opina Garcia.
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