“Não há público de novela bíblica, mas sim público de novela”
Marcelo Silva, vice-presidente artístico da RecordTV fala sobre a estreia de O Rico e Lázaro, novo folhetim da casa inspirado em uma história da Bíblia
14 de março de 2017 - 8h48
Ator Heitor Martinez interpreta o Rei Nabucodonosor, da Babilônia (Crédito: Munir Chatak/RecordTV/Divulgação)
Na noite dessa segunda-feira, 13, os espectadores da Record foram levados à Babilônia da época do Rei Nabucodonosor. O período antigo foi o escolhido para ambientar a nova trama do horário nobre da casa, O Rico e Lázaro.
Escrita por Paula Richard, a nova trama tem a missão de dar continuidade ao projeto bíblico de teledramaturgia da casa, que teve seu início – e auge – em 2015, com a exibição de Os Dez Mandamentos, que deu origem a um filme, musical e a uma série de produtos licenciados. O sucesso do folhetim foi tamanho que a emissora, desde então, vem reservando sua faixa principal de novelas para recontar histórias do Antigo e Novo Testamento.
“O horário, com uma média superior a 15 pontos de audiência em todo o País, certamente se consolidou para esse conteúdo”, avalia Marcelo Silva, vice-presidente artístico da RecordTV. Apesar de admitir que os folhetins religiosos cativaram um público fiel, o executivo rejeita a ideia de que o espectador de tramas bíblicas é diferente daquele habituado a acompanhar outros tipos de novelas. “O perfil de audiência de nossas tramas bíblicas é o mesmo de todas as novelas. Não existe um segmento de pessoas que assistem a novelas bíblicas. Existem pessoas que gostam de novelas e que assistem nossas produções”, pontua Silva.

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Toques folhetinescos
Apesar de usar personagens bíblicos como protagonistas de suas tramas, a Record não deixa de lado os ingredientes básicos que fizeram com a dramaturgia fosse, até hoje, um dos preferidos dos espectadores de TV aberta. “Todas as nossas novelas, sejam elas bíblicas, de época ou contemporâneas, mesclam todos os ingredientes do folhetim. A história sempre está cheia de romances, humor, emoções e conflitos. Além de um enredo interessante, investimos em aspectos técnicos e em efeitos especiais que enriquecem ainda mais a narrativa”, comenta o vice-presidente artístico.