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O que está em jogo no apetite da Disney?

As conversas sobre uma eventual compra de parte da Fox e os investimentos em um streaming próprio dão sinais da estratégia do grupo de mídia


8 de novembro de 2017 - 9h31

Quarteto Fantástico, X-Men e Deadpool: para quem já tem dentro de casa Star Wars, Thor, Guardiões da Galáxia e várias outras franquias de peso nada mal passar a ter os direitos também sobre esses personagens. Esse foi o tom das negociações entre a Disney e a Fox que mantiveram contatos sobre uma possível aquisição de parte da 21st Century Fox pela Disney. Conversas que, segundo a Bloomberg, foram paralisadas após os riscos de uma concentração.

 

A compra de alguns ativos da Fox por parte da Disney completaria o império bilionário que a empresa vem construindo no entretenimento

Apesar do desfecho até o momento, a notícia que circulou com maior intensidade nos últimos dias movimentou o mercado de entretenimento. De acordo com informações publicadas em vários veículos econômicos internacionais, a Fox estaria disposta a vender sua divisão de entretenimento e ficaria apenas com as áreas de notícias e esportes. O que estava em jogo, além dos ativos bilionários em termos de entretenimento, era uma decisão estratégica do grupo de se desfazer de ativos para se manter competitivo em meio à concorrência de gigantes como Google, Apple, Facebook e Netflix.

A compra de alguns ativos da Fox por parte da Disney completaria o império bilionário que a empresa vem construindo e que movimenta muitos dólares em licenciamento e bilheteria pelo mundo. Outro ponto importante levantado por sites especializados no Brasil como o CinePOP, por exemplo, é que a possibilidade de licença dos personagens da Fox seria estratégica para a Disney que, em agosto deste ano, anunciou o fim da parceria com a Netflix para criar sua própria plataforma de streaming a partir de 2019.

Marcelo Forlani, sócio-fundador e diretor criativo do Omelete Group, explica que a compra de parte da Fox pela Disney seria a união de todos os grandes personagens do Universo Marvel de volta para a Marvel, sob o guarda-chuva da Disney. “Hoje, a Marvel está com Marvel Studios dentro da Disney, mas tem algumas franquias, como Quarteto-Fantástico e X-Men, que estão embaixo da Fox. Deadpool, uma das maiores bilheterias do ano passado, é outro exemplo disso.”

Segundo Forlani, a concorrente DC tentou criar esse tipo de universo, onde Mulher-Maravilha, Batman e Super-Homem existem e trabalham um com o outro, mas esse sistema não funcionou muito. “Já a Marvel sabe amarrar isso muito bem, com Kevin Feige, que é um maestro de todo esse Universo Marvel nos cinemas. Isso porque ele entende muito de quadrinhos e sabe como costurar todos os heróis com todas as franquias”, assinala.

O movimento da Disney em desenvolver sua própria plataforma de distribuição remete a um outro movimento: a autonomia na produção de conteúdo próprio. “O maior interesse da Disney é aumentar suas chances de ganhos. Hoje, ela apenas comercializa seus conteúdos e a ideia agora é que também possa faturar com a distribuição”, observa Marcos Facó, diretor de comunicação e marketing da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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