Amazon prioriza envio de itens essenciais
Varejista online notifica marcas parcerias que até 5 de abril alimentos e suprimentos médicos terão preferência e interrompe entregas de outros bens de consumo
Varejista online notifica marcas parcerias que até 5 de abril alimentos e suprimentos médicos terão preferência e interrompe entregas de outros bens de consumo
Por Garett Sloane, do AdAge
A Amazon está tomando medidas drásticas para priorizar a entrega de itens essenciais e paralisou a distribuição de outros bens de consumo numa tentativa de ajustar sua cadeia logística pressionada pelo aumento da demanda em função da pandemia do novo coronavírus.
Na terça-feira, 17, a varejista online enviou um e-mail para executivos de marketing e marcas parceiras explicando suas novas medidas de resposta a emergências, reagindo a escassez e atrasos em produtos de alta demanda, incluindo mantimentos e produtos de limpeza.
“Estamos vendo o incremento da compra online e, como resultado, alguns produtos domésticos de limpeza e suprimentos médicos estão fora de estoque”, diz trecho do texto enviado pela Amazon para marcas e lojas parceiras. “Com isso em mente, estamos temporariamente priorizando produtos de limpeza doméstica, suprimentos médicos e outros de alta demanda em nossos centros de distribuição para que possamos receber, reabastecer e entregar mais rapidamente esses produtos aos clientes.”
“Para outros produtos além desses, desativamos temporariamente a criação de remessas”, explica o e-mail. “Estamos adotando uma abordagem semelhante com os fornecedores de varejo.” O Ad Age recebeu uma cópia do e-mail de um executivo de marketing com a condição de anonimato.
A Amazon enfrentou falta de produtos como desinfetantes Clorox e Lysol. Os estoques de alimentos também baixaram. Nesta semana, a Amazon anunciou que contrataria cem mil pessoas para manter as entregas a caminho dos consumidores afetados pela pandemia de coronavírus.
A varejista online também informou que suspenderia a entrega de itens não essenciais até 5 de abril, mas não detalhou no e-mail quais são esses produtos. Os varejistas têm na Amazon seu principal ponto de distribuição para os consumidores, pois sua plataforma ocupa uma participação crescente do mercado de comércio eletrônico. Segundo a eMarketer, a Amazon representa quase 40% de todo o comércio eletrônico nos Estados Unidos.
“Marcas precisam ser muito flexíveis durante períodos de incerteza”, diz Mark Power, CEO da Podean, empresa de serviço de marketing da Amazon. “Elas podem pressionar agressivamente a Amazon porque é assim que os consumidores estão reagindo agora, gravitando em torno desses marketplaces para entregar itens essenciais ao seu dia a dia. Mas a Amazon também precisa ser realista sobre o que pode fazer agora, respondendo a essa enorme demanda vinda do mundo dos consumidores.”
Tradução: Fernando Murad
Crédito da imagem do alto: divulgação
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