Coca-Cola nega culpa por morte na China
Companhia afirma não ser responsável pelo pesticida encontrado em embalagem de um de seus produtos, o Minute Maid Pulpy Super Milky; caso desencadeou comentários nas redes sociais
Companhia afirma não ser responsável pelo pesticida encontrado em embalagem de um de seus produtos, o Minute Maid Pulpy Super Milky; caso desencadeou comentários nas redes sociais
Meio & Mensagem
5 de dezembro de 2011 - 3h45
A Coca-Cola está tendo de se defender de acusações de vender artigos estragados na China, onde um de seus produtos, o Minute Maid Pulpy Super Milky – uma bebida a base de leite – está sob suspeita de ter causado a morte de uma criança, além de ter envenenado outras três.
O produto foi retirado das prateleiras de alguns supermercados, enquanto a população enfurecida espalhava a notícia através das mídias sociais. O assunto estava entre os mais comentados no popular site Sina Weibo, na última sexta-feira.
Segundo a mídia estatal chinesa, pesticida foi encontrado dentro da embalagem de leite com morango que o garoto de dez anos, morador da cidade de Changchun, dividiu com sua mãe. A criança morreu horas depois, enquanto a mãe se recuperava em um hospital.
Outras duas crianças também sofreram consequências depois de consumir outra embalagem do produto, mas já não correm perigo de morrer.
A Coca-Cola afirmou ter investigado as diversas fases de fabricação, como produção e logística, além de ter realizado testes em outras embalagens, mas disse não ter encontrado problemas.
“Esse caso não envolve a qualidade dos produtos da Coca-Cola. As autoridades estão realizando investigações detalhadas acerca do acontecido”, disse Joanna Price, porta-voz da empresa. “Nossa prioridade é sempre assegurar a qualidade e segurança de nossos produtos”.
A Minute Maid Pulpy, uma variação da marca Minute Maid que leva polpa fresca de frutas, foi criada em Shanghai para o mercado chinês em 2004, e é a primeira marca bilionária da Coca-Cola, que prometeu investir US$ 7 bilhões no país até 2014, a ser lançada em um mercado emergente. No país asiático, refrigerantes são vistos como bebidas que devem ser apreciadas ocasionalmente, enquanto os sucos e bebidas a base de leite são consideradas mais saudáveis.
A China é um mercado estratégico para a companhia de Atlanta, nos Estados Unidos. Ela é um dos cinco maiores públicos da Coca-Cola, junto com México, Brasil, Japão e o próprio Estados Unidos. Em 2010, o consumo subiu 6% na China, apesar de o consumo per capita ainda ser um dos mais baixos do mundo.
O maior desafio da Coca-Cola nos últimos dias tem sido combater as informações errôneas que têm sido divulgadas nas redes sociais, onde surgiram comentários que diziam que todos os produtos da linha Minute Maid haviam sido banidos dos mercados. “Estamos trabalhando tanto com as mídias tradicionais quanto com as mídias sociais para rebater o que tem sido comentado, em tempo real”, disse Joanna, que afirmou ainda que a Coca-Cola está divulgando informações em seus perfis online.
A companhia também está se preparando para proteger a imagem da marca. “Estamos focados no que está acontecendo hoje, mas também estamos olhando para o futuro, para lidar com qualquer preocupação que os consumidores possam vir a ter no futuro”, completou.
Essa não é a primeira vez que a Coca-Cola se vê no meio de acusações de envenenamento na China. Outros dois acontecimentos levaram a suspeitas de contaminação por mercúrio, mas elas provaram-se inverídicas. Em 1999, a empresa teve que restaurar sua imagem também na Europa, quando 240 pessoas, na Bélgica e na França, tiveram problemas estomacais após beberem Coca-Cola. Depois de ter seus produtos completamente banidos, a companhia foi inocentada e teve de reconstruir a confiança da população, com ações maciças de oferta de produtos gratuitos e brindes.
Do Advertising Age
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