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Como a Visa fomenta a indústria gamer na América Latina?

Andrés Mociulsky, diretor de marketing da Visa LAC para Gaming, destaca as três frentes nas quais a companhia investe neste segmento


1 de julho de 2025 - 6h10

 

Visa Gamer

Por meio do patrocínio à Team Liquid, a Visa esteve presente na Gamescom Latam 2024 (Crédito: Divulgação)

Consolidada há mais de quatro décadas por sua atuação nos esportes, a Visa tem fortalecido, desde 2022, a sua participação no mercado gamer na América Latina. Atualmente, a companhia investe nesse segmento de três maneiras diferentes.

A primeira é por meio de patrocínios a grandes organizações de eSports, como a Team Liquid, no Brasil, a KRÜ eSports, na Argentina e a Isurus, no México. A segunda é através do patrocínio de grandes eventos do setor e a terceiro é apoiando torneios da comunidade, como o Visa Valkyria e o Resenha das Minas.

Visa Gamer

Andrés Mociulsky, diretor de marketing da Visa LAC para Gaming (Crédito: Divulgação)

Na entrevista abaixo, Andrés Mociulsky, diretor de marketing da Visa LAC para Gaming, revela como a empresa tem se posicionado como fomentadora desse ecossistema na América Latina e como continuará trabalhando para impulsionar esse mercado no futuro.

Meio & Mensagem – A Visa é uma marca consolidada no esporte tradicional há décadas. Quando os eSports e games começaram a chamar a atenção da companhia e por quê?
Andrés Mociulsky – A Visa já está acompanhando o esporte há décadas, tanto o esporte masculino como o feminino. A Visa sempre tenta maximizar as oportunidades de todo o mundo, em todos os lados, e por isso que, por exemplo, desde 1980, a Visa acompanha o Mundial Feminino e faz todo um trabalho para empoderar também as mulheres em todos os esportes e em tudo o que fazem na vida. E, sob essa mesma lógica, e entendendo as paixões atuais dos jovens, onde o gaming já se posiciona como o canal de entretenimento número um no mundo, de acordo com várias fontes, como, por exemplo, a Newzoo. A Visa começa, na América Latina, há aproximadamente três anos, a trabalhar toda uma estratégia ao redor do gaming. O gaming é uma indústria muito forte, o gaming gera uma receita somente na América Latina de US$ 7,8 bilhões, conforme as últimas estimativas da NewZoo. E move as paixões de mais de 335 milhões de gamers de todas as regiões. Por isso, tratando de seguir desenvolvendo essa conexão emocional muito forte, que sempre a Visa busca com os consumidores que utilizam nossos serviços financeiros, começamos a desenvolver uma estratégia em gaming. Dentro dessa estratégia, os eSports são um dos pontos mais altos de paixão. Os eSports trazem toda essa conexão emocional, que faz com que, basicamente, por exemplo, no Brasil, hoje o consumo de eSports seja o meio de entretenimento praticamente número um entre os jovens da geração Z. E para a Visa é muito importante gerar essas conexões de volta com o consumidor através do que são apaixonados. E assim é que começamos a desenvolver diferentes parcerias dentro desse ecossistema, em toda a América Latina e, particularmente no Brasil, por meio da Team Liquid.

M&M – Qual é o papel do mercado brasileiro na estratégia regional da Visa, considerando o patrocínio à Team Liquid e ações locais?
Mociulsky – O Brasil é, de acordo com diferentes fontes de informação, o maior mercado em gaming de toda a América Latina, o quinto maior mercado do mundo, e só na América Latina, dependendo das fontes, se estima que há entre 110 e 140 milhões de gamers no Brasil. Quase 70% da população brasileira é gamer, e esse gamer pode ser qualquer um, desde aqueles que jogam um Candy Crush no celular enquanto vão ao médico, ou pode ser um jogador muito mais competitivo, que tem um setup de PC de US$ 10 mil e que joga Valorant competitivamente em sua casa. Todos eles são gamers e o mercado brasileiro move, segundo as estimativas, mais de US$ 2,5 bilhões. Ou seja, um terço do mercado total latino-americano está focado no Brasil. Por isso, o mercado brasileiro é um dos principais objetivos para a Visa e é o principal em relação ao desenvolvimento de estratégia e, por isso também, ao longo do ano, estamos presentes em todos os grandes eventos e tratamos de gerar sempre experiências distintas que tragam para o gamer brasileiro, particularmente, alguma experiência inesquecível, algo que não poderiam viver se não fosse pela Visa. E é assim que desenvolvemos a parceria com o Team Liquid no Brasil, como levamos junto com eles vários torneios para a comunidade brasileira, onde o mais importante é Resenha das Minas, e outros menores, como a Copa Cavavalo, que começamos com a primeira edição neste ano, em 2025. Buscamos como gerar, para os mais jovens, espaços onde possam se desenvolver, por um lado, e, por outro lado, as conexões emocionais são muito importante. Isto é parte de um estudo que a Visa lançou para o mercado da América Latina, chamado de Principalidade, que no geral, indica a quantidade de serviços e produtos financeiros de diferentes instituições que o consumidor possui, também feito para o Brasil, então quais são as do consumidor brasileiro e qual é a principal instituição financeira, por isso o nome principalidade, que mais utiliza durante a sua vida. E aprendemos com esse estudo que os jovens em geral da América Latina e, particularmente, do Brasil, 63% deles tem uma maior chance de escolher uma instituição financeira a partir de conexões emocionais fortes que essa marca gera com eles. Por isso, para nós, é primordial desenvolver uma estratégia que seja pensada para o gamer brasileiro, entendendo suas paixões particulares no mercado e trabalhando nas verticais que eles mais exigem das marcas. Então, o Brasil, em resumo, é muito importante para nós na América Latina, é importante a nível global e a Visa está cada vez mais perto desse público em relação ao gaming.

M&M – Nos últimos anos, a companhia tem realizado uma série de iniciativas visando construir uma comunidade gamer mais inclusiva. Que indicadores ou resultados já podem ser observados desde o início dessas iniciativas?
Mociulsky – É um ponto importantíssimo. No gaming, nós encontramos uma estadística interessante. A primeira é que há um gamer homem para cada gamer mulher. São 1 a 1. Não é um ecossistema focado nos homens, como se pensava antes. A verdade é que jogam da mesma maneira. No entanto, quando começamos a falar das comunidades dentro do gaming, quando começamos a entender os canais do Discord ou os chats dentro dos jogos, começamos a perceber que há muito bullying, há muita diferenciação, os gamers que não são homens, que são mulheres ou de comunidades diversas, sofrem muito bullying de outras partes do mesmo ecossistema. E por isso, desde que começamos, há três anos, com Visa Gaming na América Latina, sempre pensamos o desenvolvimento de ecossistemas mais inclusivos como um dos pilares da nossa estratégia. Espaços seguros, onde mulheres e gamers da comunidade LGBT possam se sentir confortáveis jogando e ter mais visibilidade que é o que precisam. Além disso, vale ressaltar que não há nenhum tipo de motivo físico ou de qualquer forma para que uma mulher não jogue igual a um homem, ou melhor. No entanto, a verdade é que ainda recebem muito bullying e muito hate nas comunidades. Dessa forma, desenvolvemos, primeiro, com outra das nossas parcerias, que é com o Isurus, outra organização de eSports que jogou o Campeonato de League of Legends das Américas Sul, em São Paulo. E com eles nos tornamos parte de Visa Valkyria. Visa Valkyria é uma liga inclusiva para toda a América Latina que fala espanhol, se joga desde México até a Argentina em todos os mercados, que é para o desenvolvimento de equipes inclusivas de League of Legends. Agora também expandimos para Valorant, normalmente é League of Legends. No ano passado, levamos o melhor time da América Latina, Sul e Norte, para jogar, por exemplo, uma das finais no México. Viajamos com as equipes para o México, para que tivessem a final presencial, pela primeira vez na história da Liga Valkyria. E depois fizemos uma segunda final presencial na Argentina, no Argentina Game Show, em outubro do ano passado. E queremos continuar expandindo toda essa visibilidade que lhes damos. E, por outro lado, particularmente no Brasil, com a Team Liquid, desenvolvemos junto a eles a Resenha das Minas, que também era uma liga que já existia, com um pouco de Valorant e comunidades inclusivas. A Visa entra para empoderar esse ecossistema, dar-lhe mais força, mais alcance e mais visibilidade. Temos que trabalhar para que o ecossistema esteja mais cuidado, para que qualquer um se sinta confortável jogando, e vamos continuar fazendo isso no futuro, até conseguir que o ecossistema esteja limpo, e que todos possamos jogar contentes.

M&M – A Visa já tem trabalhado com tecnologia de pagamento voltada a ambientes de games, como carteiras virtuais, recompensas ou marketplaces in-game? Podemos esperar novidades nesse sentido?
Mociulsky – Mais de 90% das compras em gaming em toda a América Latina são digitais, porque a maioria das compras são de assets virtuais. Temos as skins, as DLCs, que é todo o conteúdo extra que tem um videogame que já está no mercado. A própria compra dos videogames, hoje, é, majoritariamente, virtual e não com os CDs como era antes. Então, a Visa tem desenvolvido muito fortemente o meio de pagamento digital e aproximado essas capacidades de pagamento aos nossos parceiros que são os bancos e qualquer outro emissor que emite um cartão de crédito ou de outro estilo da Visa. E para temas de gaming, mas em geral, para temas de compras digitais, Visa tem desenvolvido há décadas o setor de cibersegurança e antifraude. Há sempre esse medo, essa preocupação da fraude e de como cuidar um pouco das transações, sobretudo quando são normalmente digitais, no caso dos games, e é por isso que Visa, inclusive desde os anos 1980, usa inteligência artificial, que hoje é a palavra mais utilizada no mundo, para a detecção de fraude. Há um serviço da Visa, que se chama Visa Protect, que trabalhamos muito no Brasil. Particularmente, é um dos mercados que mais o utiliza, onde a inteligência artificial, no momento de uma transação que vai ocorrer de maneira digital em milissegundos, detecta e percebe se a transação que está para ser gerada, tem tendência a ser fraudulenta ou não fraudulenta. Quando percebe que essa transação poderia ser de alto risco, há o cancelamento do pagamento, a transação não ocorre e, portanto, não há a fraude. Temos uma série de soluções que estão pensadas para o digital, que vão muito bem com o gaming. Isso pelo lado do produto. Pelo lado do marketing, estamos desenvolvendo uma série de programas de benefícios que vão começar agora na América Latina, que estão focados no gaming.

M&M – Quais são os próximos passos da Visa no mercado de games e eSports na região? Há novas organizações ou formatos de conteúdo no radar?
Mociulsky – Não posso contar muito, mas saiba que a Visa Gaming não nasceu para o curto prazo, foi pensada para que se mantenha a longo prazo em toda a região e sempre estamos buscando novos horizontes. Estamos analisando novos agentes internos, novas parcerias potenciais, tanto no Brasil como em outros mercados da América Latina, para nos aproximarmos mais de outras comunidades dentro de gaming, que, no entanto, não fizemos tantos esforços para nos aproximarmos, para expandir nossa presença nos eSports, que gera de volta conexões emocionais muito fortes, muito positivas com os fãs. Se continuar desenvolvendo experiências muito aspiracionais, muito difíceis de conseguir, se não fosse graças a aproximação da Visa com seus clientes. E o desenvolvimento dessas parcerias tanto em benefícios, pensados por jogadores, para os jogadores, que é um pouco o que estamos trazendo nas novas parcerias na área dos eSports que vão existir e vão se manter por longo prazo. Insisto nisso, não é uma situação pensada para durar um tempo, seguimos entendendo que, hoje, o gaming é o canal de entretenimento preferido dos jovens e que não parece que essa tendência acabe nos próximos anos. A Visa vai continuar o seu trabalho para estar perto deles e que eles continuem escolhendo a Visa como seu meio de pagamento favorito.

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