Espionagem: Obama aponta para as empresas
Presidente americano citou anúncios direcionados em discurso oficial
Presidente americano citou anúncios direcionados em discurso oficial
Meio & Mensagem
17 de janeiro de 2014 - 5h42
Em um discurso muito aguardado, realizado na manhã desta sexta-feira, 17, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama subiu ao palco para anunciar mudanças que pretende fazer nas operações de vigilância da NSA (agência nacional de segurança do governo americano).
Muitos esperavam que o presidente equilibrasse as propostas de reformas com explicações de por que alguns tipos de vigilância secreta são necessárias para proteger o país. Obama, porém, surpreendeu o mundo dos negócios ao reservar parte de seu discurso para lembrar os americanos que a espionagem não é uma prática apenas do governo.
Muitos profissionais das indústrias de marketing e de dados têm rejeitado a semelhança do programa de coleta de dados do governo para fins de segurança com a coleta e análise de dados para aplicação em estratégias e ações de marketing. No entanto, as linhas que separam ambas iniciativas se tornam cada vez mais tênues em meio à manchetes a respeito de uma violação maciça de informações de consumidores catalogadas em banco de dados da varejista Target e uma maior conscientização entre os consumidores quanto ao rastreamento de suas atividades comerciais e de lazer.
O Congresso americano, como consequência, aumentou a fiscalização junto a empresas que comercializam informações de consumidores. Os legisladores têm proposto leis nas quais as pessoas terão mais controle quanto ao rastreamento de seus dados de localização através de dispositivos móveis.
"Empresas de todos os setores e porte rastreiam o que você compra, armazenando e analisando nossas informações para fins comerciais. É por isso que esses anúncios direcionados aparecem no seu computador ou smartphone", afirmou o presidente, sobre o rastreamento de dados por empresas.
Como contraponto aos que acusam a NSA, o presidente tentou humanizar os funcionários da agência de segurança norte-americana, citando o Facebook e Instagram na defesa.
"O pessoal da NSA e outras agências de inteligência são nossos vizinhos e nossos amigos. Eles têm históricos médicos e bancários online, como qualquer um de nós. Eles têm filhos no Facebook e Instagram, e sabem , mais do que a maioria de nós, das vulnerabilidades à privacidade em um mundo em que as transações são registradas, e-mails e mensagens de texto são armazenados e até mesmo os nossos movimentos podem ser rastreados através do GPS em nossos telefones", contemporizou Obama.
Do Advertising Age
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