O desafio do storytelling
Tenho certeza de que alguns amigos acharam isso uma perda de tempo e, talvez, uma pagação de mico. Sim, talvez até seja, mas é ousado entrar com a cara e a coragem para testar algo diferente
Tenho certeza de que alguns amigos acharam isso uma perda de tempo e, talvez, uma pagação de mico. Sim, talvez até seja, mas é ousado entrar com a cara e a coragem para testar algo diferente
Mauro Segura
18 de fevereiro de 2016 - 11h24
Faltando poucos dias para terminar janeiro, eu participei de uma reunião de design thinking sensacional no trabalho. Durou três horas e, no final, fui procurado por um dos participantes. Falávamos sobre storytelling quando ele disse: “quero fazer um convite e um desafio. Você assume o compromisso de publicar um vídeo contando uma história por dia, em todos os 29 dias de fevereiro?”.
Eu olhei para ele e falei: “pô, você vai fazer esse desafio para um profissional de marketing e comunicação? Como não aceitar?”. Aceitei. E me ferrei.
O desafio recebeu o nome de #Fevevlog , juntando as palavras "fevereiro" e "vlog". Éramos quatro pessoas com a missão de publicar um vídeo curto contando uma história por dia, durante todo o mês de fevereiro, começando no dia 1º.
Naqueles poucos minutos que tive para decidir, eu pensei o que ganharia e o que perderia ao entrar nessa.
Nos pontos negativos aparece o tempo como o maior problema. Fazer vídeo demanda tempo. Como encontrar tempo numa agenda já lotada? Isso eu teria que resolver. Outra questão é o risco de não conseguir levar o desafio até o final. Isso seria decepcionante.
Por outro lado, os pontos positivos são muitos. Encarei o desafio como uma experimentação, ou seja, experimentar formatos diferentes de contar histórias, sem amarrações ou preconceitos. Em nenhum momento me veio à cabeça que tinha que criar produções sofisticadas, bastava ter um smartphone em mãos para começar a contar história. Também assumi que tudo seria feito por mim mesmo, apenas assim o desafio me traria experiência real de como criar, filmar, editar, agregar efeitos, roteirizar, testar formas diferentes de narrativa e uma vivência real de quanto esforço demanda a criação e produção de um vídeo. Tudo isso seria storytelling na veia.
Tenho certeza de que alguns amigos acharam isso uma perda de tempo e, talvez, uma pagação de mico. Sim, talvez até seja, mas é ousado entrar com a cara e a coragem para testar algo diferente.
Depois de 15 episódios publicados no YouTube, eu decidi dar o desafio como encerrado. Agora publico o episódio 16, e último, em que apresento as razões por dar o projeto como concluído e resumindo o que aprendi. Tem coisas legais que tirei como lição.
Veja o episódio 16 e entenda como foi essa experiência. Acho que você vai se divertir.
Mauro Segura é líder de marketing e comunicação na IBM Brasil
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