Meio & Mensagem
19 de setembro de 2012 - 12h45
Se Andy Warhol estivesse vivo e anônimo, ele certamente seria um hit no Instagram. Décadas atrás, o artista americano transformou em arte representações muito conhecidas da vida cotidiana, como uma banana e os famosos enlatados Campbell’s. E assim conquistou milhares de fãs que, ainda hoje, sentem uma gostosa sensação de familiaridade ao observar as suas obras.
Penso no Warhol e faço uma comparação direta com o Instagram, o aplicativo de fotos que tem atraído cada vez mais a atenção dos usuários, que podem compartilhar ali pequenos momentos de suas vidas – um prato requintado, o esmalte do dia, a mesa de trabalho, o seu singular horizonte.
Fruto da parceria entre um americano e um brasileiro, o Instagram já pode ser considerado um ótimo exemplo de como o marketing quando bem executado pode gerar ótimos resultados para a empresa. Apenas dois anos depois de ser lançado, o aplicativo – então uma rede com 860 mil usuários ativos diretos – foi comprado pelo Facebook por US$ 1 bilhão no início deste ano. Após a compra pela empresa de Zuckerberg, atingiu – em setembro – 11 milhões de usuários ativos e ganha cada vez mais adeptos no mundo corporativo. A consultoria Simply Measured divulgou um estudo que diz que 40% das 100 maiores marcas já adotaram o Instagram. São empresas já engajadas em outras redes sociais, reconhecidas pelo espírito jovem e inovador, pela valorização do design e, acima de tudo, pela primazia social da imagem.
Não é à toa que na Fiat escolhemos debutar no Instagram com o Fiat Fashion (@fiatfashion), uma plataforma que fala de moda, comportamento, arte, design e cultura de uma maneira diferente e na qual a imagem tem um ponto fundamental. O perfil é recente, mas tem sido curioso acompanhar tão de perto seu desenvolvimento e o comportamento dos seus usuários. Para a Simply Measured, enquanto algumas marcas “continuam a resistir e ver como a sua concorrência está envolvendo usuários e mensurando resultados, 80 milhões de clientes potenciais estão sendo ignorados”.
Os criadores do Instagram acreditaram no poder da imagem e ganharam (muito). Qual será a próxima "mina de ouro" das redes sociais?
* João Batista Ciaco é diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat e presidente da ABA
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