Meio & Mensagem
22 de novembro de 2013 - 3h11
“Ou você tem uma estratégia ou é parte da estratégia de alguém." (Alvin Toffler). Ao me deparar com essa citação, do renomado cientista-futurista Alvin Toffler, não pude evitar a vontade de falar sobre a necessidade que temos de estratégias para o futuro. E quando me refiro ao futuro, não estou falando de algo distante de 2013, pelo contrário: pensei exatamente em falar de 2015. Isso mesmo: 2015! Pois às vésperas de 2014 (afinal estamos em novembro), no penúltimo mês do ano, chego à conclusão de que já estamos (todos) estrategicamente preparados para 2014.
Calma: vou explicar. Como trafego muito pelo mercado publicitário, constatei que as empresas, em pleno novembro de 2013, já estão com os seus budgets fechados, os acordos operacionais, no mínimo, alinhavados e as perspectivas de crescimento desenhadas de formas mais precisas. Em síntese: as estratégias de atuação para 2014 já foram completamente definidas. Isso não quer dizer que não podem ser mudadas ou mesmo ajustadas, contudo o cenário planejado no meio empresarial confere materialidade ao que Toffler afirmou: “ou você tem uma estratégia ou é parte da estratégia de alguém".
Dito isso afirmo sem medo de errar que, definitivamente, o mercado publicitário não quer fazer parte da estratégia de ninguém, até mesmo porque as estratégias dos “outros” (normalmente concorrentes) representam crescimento de mercado para os “estratégicos”, em detrimento da “retração” para os que se tranformaram em “parte da estratégia deles”.
Não obstante, como aqui me espelhei no “futurista Toffler” (que também afirmou que “o futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros”), fui adiante e observei os meus amigos e conhecidos. O que vi foi unânime: os planos para 2014 estão consolidados. As férias e os feriados já estão agendados, os ingressos para a Copa já foram comprados, os pacotes de viagem para o Carnaval e o São João já estão fechados e um dos amigos (mais “intrépido”) está com o casamento acordado e pago (até mesmo porque, hoje em dia, só os loucos não começam a pagar bem antes).
Agora o leitor deve estar se perguntando: o que tudo isso tem a ver com a mídia e as estratégias dos negócios publicitários? Ou ainda: aonde ele quer chegar para falar de 2015?
Novamente eu recorro a Alvin Toffler, que teve a ousadia de “prever” que o mundo ia ser controlado por computadores, num momento em que ninguém ouvia falar sequer de “bytes”, imagine de “internet” ou “mobile”. Toffler nasceu em 1928, mas isso não o impediu de antecipar aspectos da revolução digital e tecnológica, que assistimos hoje. Ou ainda: não o limitou na abordagem da aceleração do ritmo de vida nas sociedades e da transformação nas comunicações, apontando para a busca de micro nichos em substituição aos mercados de massa.
Por isso, espelhado nele, também ouso pensar estrategicamente no futuro e convido você a fazer o mesmo. Como disse no começo do texto: não num futuro distante, mas em 2015, pois 2014 já parece estar planejado por todos! Penso em 2015, enquanto faço planos, analiso o mercado, acompanho as manifestações que podem se transformar em tendências, contabilizo os ganhos e as perdas nos negócios midiáticos para promover ajustes no ano que se inicia daqui a pouco. A ideia agora é preparar o terreno para 2015.
E a minha motivação para 2014, 2015, 2016… é simplesmente a apropriação da frase de Toffler: “Ou você tem uma estratégia ou é parte da estratégia de alguém."
“Em 1965, num artigo publicado na revista Horizon, inventei a expressão ‘choque do futuro’ para descrever a tensão arrasadora e a desorientação que causamos aos indivíduos ao submetê-los a excessiva mudança num espaço de tempo demasiado curto.” (TOFFLER – Choque do futuro, 1970, p. 8).
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