Saia da caixa, inove!

Já dizia Albert Eintein que fazer as mesmas coisas esperando resultados diferentes é uma insanidade. Mas fazer diferente, inovar, não é uma tarefa fácil. Existem riscos, existem inseguranças, investimentos que são requeridos, mas as marcas lideres já entenderam que para estar sempre a frente, para serem mais competitivas, buscarem rentabilização e sustentabilidade de médio e longo prazo precisam investir em inovação.

O conceito de inovação é bastante amplo, podendo ser uma melhoria de um produto/ serviço ou criação de um novo. Mas o que realmente importa é buscar o “oceano azul”, e saber como incluir essa cultura dentro das empresas.

Na última edição da novíssima revista do Google – Think Quarterly (http://www.thinkwithgoogle.com/quarterly/innovation) – o tema é Inovação e foi disponibilizada uma serie de matérias sobre o tema.

Umas das matérias é com o co-fundador da ?WhatIf!, a maior empresa independente de inovação do mundo, que afirma que inovação é uma disciplina que pode ser analisada e aprendida. Cada empresa deve ter uma estratégia de inovação especifica mas alguns conceitos básicos são comuns como: definir porque realmente a empresa quer inovar e qual é a sua cultura para isso, processos não inovam mas pessoas sim, importância de avaliar a estrutura requerida para suportar um processo de inovação numa empresa e a importância das interações entre pessoas.

Segundo ele, inovação é uma ciência que ainda está começando e que envolve um conhecimento complexo do pensamento humano, dos sentimentos e como interagimos com as questões comerciais.

Outro artigo que vale a pena conferir é o da vice-presidente de gerenciamento de produtos do Google, Susan Wojcicki, que compartilha os 8 pilares fundamentais para inovação baseados na sua experiência na empresa:

01) Tenha uma missão que seja relevante: trabalhe em uma causa onde as pessoas se envolverão porque acreditam nela. Tornar a informação/ serviço conhecido e útil pelo mundo. Um exemplo do Google foi a ferramenta de localização de pessoas desenvolvido no tsunami do Japão neste ano.

02) Pense grande mas comece pequeno: não importa o quão ambicioso é o plano, ele deve ser iniciado por algum lado. Google Books, projeto de digitalização de livros de Larry Page, foi tido como “insano” e ele mesmo começou com um scanner no seu escritório, digitalizando pagina por pagina de seus livros.

03) Inovação continua e não perfeição instantânea: esse ponto é bem verdade, pois é uma das melhores vantagens em se trabalhar com web. O sucesso de uma inovação pode estar em ouvir o que os usuarios tem a dizer do que já testaram e agir rápido, ao contrario de ir longe e errado.

04) Procurar por ideias em qualquer lugar: a ideia é ouvir a contribuição de todos, desde parceiros até os próprios funcionários. As melhores ideias do Google nasceram quando grupos de Googlers se juntam numa tarde aleatória e começam a discutir sobre um tema que os excita. É por isso que eles tem sempre disponível lanchinhos deliciosos pelo escritório a qualquer hora.

05) Compartilhe tudo: no Google quase tudo é compartilhado com todos os funcionários da empresa, e através disso estimula-se discussões, re-interpretações de ideias que podem levar a resultados inesperados e inovadores. Ao invés de escritórios individuais, equipes pequenas trabalhando juntas.

06) Imaginação e dados: no mundo acelerado que vivemos é difícil as pessoas saberem o que elas realmente querem, então o Google costuma recrutar pessoas que acreditam que possam fazer acontecer o impossível. Eles disponibilizam 20% do tempo de trabalho dos engenheiros para que eles trabalhem no que quiserem, soltando a imaginação. Os dados são utilizados para reforçar as ideias ou para prova-las que estavam erradas.

07) Ser uma plataforma: a importância de construir plataformas abertas que permitam que outros criem, diversifiquem e potencializem os seus produtos e serviços criando novas funcionalidades, aplicativos, usabilidades e multipliquem.

08) Nunca erre por errar: tudo certo em errar desde que aprendamos com esses erros e possamos corrigir rapidamente. Para tentar algo novo temos que arriscar, e na indústria de tecnologia quando vc deixa de arriscar é quando normalmente é passado pra trás.

* Andréa Dietrich é responsável pelo núcleo digital do Grupo Pão de Açúcar