Ricardo Fort
6 de setembro de 2011 - 12h24
As “taglines” (ou assinatura das campanhas) são quase tão antigas quanto a propaganda.
Campanhas histórias ainda são lembradas por suas assinaturas depois de décadas.
Minha geração cresceu ao som de Coca-Cola é isso aí, vendo as mães rirem do Carlos Moreno explicar porquê Bombril tinha mil e uma utilidades e os pai comprando Havaianas pra toda a família, por que elas eram as legítimas.
Fora do Brasil isso não é diferente.
Da clássica “Think Small” da Volkswagen passando pelo “Think Outside the Box” da Apple ao “Yo quiero Taco Bell”, grandes campanhas e suas assinaturas ficaram na memoria dos consumidores em muitos países (nos casos acima, os Americanos).
Mas estes são os pontos fora da curva pois, infelizmente, a maioria delas ainda são absolutamente genéricas e “esquecíveis” (ou duram muito pouco pra terem alguma chance de serem conhecidas).
Um exemplo é o mercado de automóveis americano onde qualquer assinatura serve em qualquer marca…
– Never follow = Audi
– The ultimate driving machine = BMW
– Inspiration comes standard = Chrysler
– Built for the road ahead = Ford
– The power of dreams = Honda
– Don’t dream it. Drive it = Jaguar
– The relentless pursuit of perfection = Lexus
Mas sempre me perguntei se as marcas realmente precisam de assinaturas pra suas campanhas…
Seria isso uma necessidade decorrente da curta duração do filme, ou da brevidade de um anúncio nas páginas de uma revista, ou apenas uma muleta pra garantir que o consumidor (desatento e distraído) entenda a campanha?
Não sei a resposta, mas como outras formas de comunicação sempre viveram muito bem sem assinaturas, fica a dúvida.
Afinal, qual foi o ultimo livro que você leu ou filme que assistiu que acabava com um tagline?
* Ricardo Fort é diretor global de marcas da Danone Paris
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