CCXP completa 10 anos com recorde de marcas
Décima edição do festival terá a presença de 105 marcas, sendo Banco do Brasil, Fanta, Bis e Claro, como patrocinadores; Claro dará nome ao palco Thunder
Décima edição do festival terá a presença de 105 marcas, sendo Banco do Brasil, Fanta, Bis e Claro, como patrocinadores; Claro dará nome ao palco Thunder
Amanda Schnaider
24 de novembro de 2023 - 6h02
A CCXP completa dez anos com recorde de marcas. A décima edição do festival, que acontece entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro de 2023, no São Paulo Expo, terá a presença de 105 marcas, sendo quatro patrocinadores: Banco do Brasil, Fanta, Bis e Claro.
A empresa de telecomunicações anunciou, nesta sexta-feira, 24, um acordo dois anos com o festival. Além de ser patrocinadora oficial da CCXP 23 e da CCXP 24, neste ano, a Claro dará o nome ao principal palco do festival. O palco Thunder será Thunder by Claro tv+ e receberá grandes nomes como Xuxa, Zack Snyder, Jason Momoa, Zendaya, Timothée Chalamet, Florence Pugh, Anthony Daniels, Anna Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Sandy, Bruce Dickinson, Selton Mello e Taís Araújo.
O público que irá acompanhar a CCXP23 poderá ter uma experiência imersiva em seus títulos favoritos já disponíveis no catálogo e também acompanhar a chegada dos lançamentos por meio da Claro tv+.
“Do ponto de vista de marca e ativação de marca, a CCXP virou quase um showroom de ativação”, afirma Roberto Fabri, VP de Conteúdo e Marca da CCXP. “Sempre provocamos os nossos parceiros para entregarem experiências imersivas e não só venda produtos. É bom para o público final, que tem uma experiência, mas também para o profissional do mercado. Tem um monte de gente que vai na CCXP só para ver o que os outros estão fazendo também”, complementa.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, Fabri comenta sobre a relação das marcas com a CCXP e avalia quais serão as novidades para essa edição histórica de dez anos do festival.
Meio & Mensagem – Neste ano, a CCXP completa 10 anos. Quais serão as novidades do evento nesta edição histórica?
Roberto Fabri – Estamos preparando uma série de surpresas. São 10 anos de CCXP e passamos pela pandemia, que não foi fácil. É uma jornada do herói por ano, porque cada ano parece que tem sua especificidade. Nascemos em 2014, com o propósito simplesmente de reunir os fãs e na primeira edição vão 97 mil pessoas, que foi um número que surpreendeu todo mundo. E depois de mais três edições, em 2017, viramos a maior Comic Con de todo o mundo e começamos a entender que a CCXP hoje é mais do que uma Comic Con, ela tem uma Comic Con dentro dela, mas ela é um festival de cultura pop, da indústria, dos fãs e das marcas. É um verdadeiro festival de marcas, estamos com Bis, Claro, Outback, vários patrocinadores grandes não-endêmicos da indústria do entretenimento, que estão fazendo ativações junto com a gente nesses dez anos. Mais do que um evento só para aquele nerd, é um festival para você curtir com a família e tudo mais. A edição de 10 anos precisa ser especial, então estamos trazendo alguns convidados que fizeram parte dessa história dos 10 anos: a Lana Parrilla, o Anthony Daniels, que é o C3PO da saga original do Star Wars, é a primeira vez dele no Brasil. Ele está vindo para o festival como convidado, como talento, mas está vindo com a família inteira para curtir também. E temos alguns nomes que ainda não anunciamos, mas que fizeram história no festival. Agora, com o fim da greve dos atores, vamos confirmar alguns nomes importantes, alguns dos maiores nomes que a já trouxemos vão voltar. E de novidade, estamos entendendo que, hoje, a CCXP transforma São Paulo em Hollywood. Tem um monte de gente de Hollywood vindo para cá. Esse é o Thunder, mas estamos crescendo a CCXP esse ano. Começamos no ano passando, de uma maneira tímida, com uma área chamada Magic Market. A CCXP cresceu tanto que os pequenos vendedores, marcas, editoras, publishers ficaram sem espaço, porque o metro quadrado ficou muito caro. E, no ano passado, criamos o Magic Market, que eram pequenas vendinhas, nas quais trazíamos pequenas editoras e vendedores, que tem a ver com o universo de cultura pop. No ano passado, eram 14 vendinhas, era um negócio super pequeno, mas que foi um sucesso muito grande. Esse ano, pegamos um pavilhão inteiro, o Pavilhão 8, onde foi o Creators antigamente. Estamos cenografando ele inteiro com o tema medieval, para fazer o Magic Market com um palco e vamos fazer toda uma programação de RPG, board games. Board games volta para a CCXP esse ano. E tem uma igreja lá para casar de verdade. Tem que se cadastrar. Tem um link no qual a galera está mandando as histórias, estamos fazendo uma espécie de curadoria. Tem muita gente que se conheceu na CCXP e quer casar na CCXP. Estamos com bastante expectativa em cima dessa área. Além de um line-up musical que estamos bem forte esse ano. Ainda não anunciamos ele completamente, mas tem alguns nomes interessantes: Supercombo, que sempre está com a gente, Zimbra, Rashid, com a Drik Barbosa. Vamos ter a final do concurso de cosplay, que é sempre um must, e terminamos palco Creators com uma dupla de DJs muito legal que são os HitMakers, Ed Gama continua tocando a programação de Creators, que é uma coisa que ele faz muito bem, selecionando convidados. No décimo ano, uma coisa que fez a gente perceber, que mais do que a avalanche de conteúdo que é a CCXP, primeiro, a importância da CCXP no cenário mundial. Sem dúvida, a CCXP, de novo, vai ser o maior evento do ano de cultura pop, considerando todas as Comic Cons do mundo inteiro, principalmente porque está vindo depois da greve de atores. Mesmo com a greve de atores, muitos estúdios continuaram acreditando que era possível fazer uma CCXP com atores.. A Warner está construindo junto com a Warner Bros. Discovery, a maior ativação de uma marca já feita na CCXP e, por consequência, no mundo inteiro. São 1.350 metros quadrados de ativação de uma marca única. Eles estão acreditando desde o começo que ia dar certo. Netflix trazendo um elenco gigantesco já anunciado para o painel deles, com Zack Snyder e muitas surpresas. Para falar dos 10 anos, os nossos parceiros que estão com a gente trazendo conteúdo, estão vindo muito forte, mesmo com a greve de atores, que, sim, atrapalhou alguns planos, mas a maior parte dos estúdios acreditaram e estão conosco de maneira sólida. Os fãs que estão comprando os ingressos, estamos já caminhando para os últimos ingressos. Vários já estão sold out. E estamos trazendo a participação de novos estúdios, tipo a Apple TV. Eles anunciaram, agora, com o fim da greve, a presença de elenco da série Monarch na CCXP também. Estamos procurando fazer grandes celebrações tanto com a indústria, que esteve com a gente, quanto com os fãs, que não nos abandonaram nem na pandemia, nem nesse ano de greve de ator. Fazemos essa tríade entre indústria, fãs e conteúdo muito bem. Vamos ter uma homenageada do ano, que de dez anos não poderia ser outra pessoa. É uma pessoa que tocou na hora e que se todo mundo consumiu televisão nos anos 1980 e 1990 no Brasil foi apaixonado por ela de alguma forma, a Xuxa.
M&M – Em uma entrevista anterior, você disse que o festival irá extrapolar os quatro dias de evento por toda a cidade de São Paulo. Como isso acontecerá?
Fabri – Esses planos mudaram. Jogamos esses planos para 2024, por questões de aprovações. Temos esse projeto montado de fazer uma CCXP de uma semana, não no Pavilhão, quatro dias no pavilhão, como sempre foi, mas de crescermos ela para a cidade e esse plano foi adiado para 2024 por questões burocráticas. É muita Lei Cidade Limpa, muita coisa que precisamos para executar esse projeto.
M&M – Na última edição, a CCXP contou com 104 marcas. Qual é a expectativa para este ano? Irão superar o número de 2022?
Fabri – Já estamos com recorde de marcas esse ano. São mais de 100 novamente, estamos batendo 105 marcas. Estamos com grandes patrocinadores, que é o Banco do Brasil, que esteve conosco já no ano passado e volta; tem Bis, que é uma marca não-endêmica que está trabalhando com Podpah e Felipe Neto, tem toda uma thread de conteúdo que estão criando no evento; tem a Fanta, que está conosco já há alguns anos sempre fazendo ativações relacionadas a games e a cultura pop, ali na praça de alimentação; Claro, que esse ano vai estar no Thunder, esse ano o palco Thunder é powered by Claro, não é powered by Cinemark. Ter uma telecom no nosso principal palco é muito forte. De marcas grandes que estão como patrocinadoras são essas, além de todas as marcas endêmicas e não-endêmicas que compõem as 105 marcas já fechadas para o festival. Do ponto de vista de marca e ativação de marca, a CCXP virou quase um showroom de ativação. Para o público final é ótimo, porque tem contato com experiências imersivas, muito mais do que só aquela tentativa de venda de produtos. Sempre provocamos os nossos parceiros para entregarem experiências imersivas e não só venda produtos. É bom para o público final, que tem uma experiência, mas também para o profissional do mercado. Tem um monte de gente que vai na CCXP só para ver o que os outros estão fazendo também. Então, vira uma espécie de showroom de ativação e cada marca com as suas ideias, com a sua criatividade, com o seu posicionamento.
M&M – Para este ano, a CCXP já confirmou grandes nomes como Zendaya, Timothée Chalamet, Florence Pugh, Zack Snyder, Anthony Daniels, Jason Momoa, Lana Parrilla, Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth e Bruce Dickinson. Ainda há nomes a serem confirmados? Como acontecem essas negociações?
Fabri – Essa jornada começa mais ou menos assim, temos um calendário de lançamentos do ano e sabemos mais ou menos que conteúdo que vai estar quente no fim do ano. Através de uma predição de dados e conhecimento de curadoria, tentamos ver o que vai estar quente no período da CCXP. A partir disso fazemos uma lista, coloco essa lista debaixo do braço, vou para Hollywood e peço para os estúdios. Tem um pouco disso, mas os estúdios têm as necessidades deles também. Existe essa troca. Vou três, quatro vezes por ano para Los Angeles, junto com os escritórios locais e o line-up vai se formando. Esse ano foi muito maluco por causa da greve. Quando o calendário de filmes anda, também andamos junto. Se um filme que ia lançar em janeiro fica para novembro do outro ano, essa janela de conteúdo também anda e temos que ir atrás de um novo conteúdo. Essa é a primeira parte. A segunda parte é que estamos há 10 anos fazendo o festival, então quem veio nos primeiros anos, chegou e contou para o amiguinho. Então, o nosso nome começou a ser falado em Hollywood e hoje acontece o inverso. Por exemplo, no ano passado, o Kevin Feige [presidente da Marvel Studios] pediu para vir fazer os lançamentos da Marvel no Brasil. O PR da CCXP hoje não é mais local, é global. Então, estamos no calendário de lançamento deles não como um evento brasileiro, mas como um evento global. No começo, tínhamos que insistir muito para a galera vir, hoje em dia, essa régua virou. Tentamos sempre dar um tratamento out standing para o crews de atores e diretores, para que eles queiram voltar. E se eles quiserem voltar, nada vai impedir. Vamos lançando conteúdos que têm uma repercussão global muito grande. Os primeiros 22 minutos de Avatar que o mundo viu foi na CCXP no ano passado, um filme que arrecadou mais de US$ 2 bilhões. Quando ele vai e lança um conteúdo que depois faz US$ 2 bilhões, ele fala: “Preciso ir para o Brasil.” Fazemos alguns pedidos, os estúdios analisam. Esse processo parece simples, mas leva um ano inteiro. Por exemplo, quando chegamos num nome como Zack Snyder, que vem agora pela Netflix, pedimos ele há pelos menos uns 5, 6 anos. É um trabalho de formiguinha que fazemos a quatro mãos com os estúdios. E quanto mais conhecida a CCXP fica, mais fácil fica de convencer os atores a vir também.
Aos 10 anos, CCXP pede vida longa ao épico
M&M – O calendário de eventos de cultura pop e festivais vem crescendo no Brasil. Então, como se destacar nesse mar de eventos?
Fabri – É um desafio, porque acaba que no fim do dia o bolso da pessoa é o mesmo. O bolso de todo mundo é o mesmo. Mas tentamos fazer isso, e acho que é por isso que estamos há dez anos nessa jornada, porque tentamos ser relevante para os fãs, entregando uma verdade muito forte. Quando estou construindo um line-up, eu quero trazer o que tem de melhor no mundo para o Brasil, e as pessoas que vão na CCXP sentem isso. Essa relevância com o fã e com a comunidade é muito importante. E a segunda coisa é a relevância com a indústria. Tem um mar de festivais hoje em dia. Mas, não só a CCXP, mas qualquer festival para se manter vivo, hoje, tem que procurar ter uma relevância muito grande para sua comunidade e para a indústria em que está inserido, que no nosso caso é a indústria de cultura pop. Então, os publishers de gaming, cinema e quadrinhos, já tem a CCXP como um ponto de parada obrigatória. O público alimenta a indústria, a indústria alimenta o público. Isso que nos torna tão relevante durante 10 anos.
M&M – A CCXP já teve uma edição na Alemanha e terá uma edição, pela primeira vez, no México em 2024. De que forma o Omelete Company trabalha a internacionalização do evento?
Fabri – O México foi uma história muito legal, é um namoro que existe há muitos anos. E a grande verdade é que o México tem um consumo e um comportamento de cultura pop muito parecido com o brasileiro. Não é todo país que é apaixonado por super-herói, por Marvel, DC, Star Wars, Harry Potter, mangá. Não é todo país que tem esse consumo. E identificamos na cidade do México um consumo absurdo de cultura pop. A indústria do cinema no México é quase duas vezes o tamanho da do Brasil, em números de tickets e salas de cinema vendidos. Quando você começa a ver esses dados, você fala: “Opa, alguma coisa tem aí.” Essa é a parte mais estratégica. A parte mais de Omelete, CCXP, começamos a sentir a necessidade de ter um momento muito forte no primeiro semestre. Às vezes um lançamento para agosto está muito longe da CCXP do ano anterior. Além disso, criamos esse hábito de conversa com os estúdios, precisávamos ter uma conversa de primeiro semestre. E o México aparece exatamente nesse momento onde criamos essa agenda com os estúdios para falar dos lançamentos do verão americano. No México, a ideia é falar sobre lançamos do verão no hemisfério norte e a CCXP, no Brasil, em São Paulo, acontece para falar dos lançamentos do verão no hemisfério sul. Brincamos que para a CCXP é sempre verão, porque seguimos os lançamentos do verão.
M&M – O Artists’ Valley era considerado o coração do festival. Ele ainda é? Pretende receber quantos artistas neste ano?
Fabri – Neste ano, o Artists’ Valley está com uma novidade muito grande. Antes, ele ficava num quadrado mais ou menos no meio do evento. E tinha uma confusão de corredores ali, então resolvemos mudar isso e colocar o Artists’ Valley na entrada do evento. 100% do público vai passar pelas mesas dos artistas, assim que eles entrarem na CCXP. Isso casa com um conceito que temos de que as histórias em quadrinhos são o começo de todas as histórias. Quando você começa a jornada da CCXP pelo Artists’ Valley, intrinsecamente, estamos dizendo para todo mundo que todas as histórias começam no Artists’ Valley. Esse é o conceito de ter ido para o começo do evento, mostrando a importância que essa área tem para nós e temos mais de 500 artistas esse ano, considerando artistas convidados. É uma área que precisamos entregar uma diversidade muito grande. Temos um crescimento de mulheres esse ano. No ano passado, tivemos em torno de 30% de artistas mulheres, esse ano, temos quase 35% de artistas mulheres. Conseguimos entregar uma representatividade muito grande dentro da comunidade LGBTQIA+, então é uma área que vem crescendo a sua importância e a sua diversidade também. E esse ano é patrocinada pela Bis, que está nessa jornada conosco desde o começo do ano.
M&M – E a Arena de Games terá alguma novidade neste ano?
Fabri – A grande novidade da Arena de games desse ano é CBOLÃO, maior campeonato de comunidade de League of Legends do mundo, liderado pelo Baiano que é um streamer nosso. Ele vai estar na Arena de Games, mas vamos ter o Gaules também, qu eé o maior streamer do mundo. Ele vai lançar o documentário da Tribo no Thunder, mas ele também vai estar na Arena de Games, com conteúdos de games, Counter-Strike, fazendo transmissões de lá. É uma área bastante desejada.
M&M – Por fim, de que forma as pautas sociais estão inseridas no festival este ano?
Fabri – Temos as pautas sociais na CCXP. Entendemos a nossa importância e o nosso lugar de fala com o público jovem e aproveitamos isso para mandar uma mensagem positiva e engajar a galera em causas nas quais acreditamos. Já estamos com recorde de arrecadação de alimentos. Não estamos fazendo a doação direta do alimento, esse ano, você doa em dinheiro. E estamos com recorde de arrecadação na hora de transformar isso em comida. Preferimos a doação em parceria com Amigos do Bem. Preferimos a doação em dinheiro e não alimento, porque o dinheiro não só mata a fome, como irriga o ecossistema local. O dinheiro faz a economia girar de uma maneira mais consistente. Neste ano, até 70% dos recursos recicláveis do festival vão passar por reciclagem.
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