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Mídia

Como o G1 usa passatempos para tentar engajar e atrair a audiência

Portal de notícias quer trabalhar os jogos como porta de entrada para as pessoas ampliarem o tempo conectadas e consumirem outros tipos de conteúdo


6 de maio de 2024 - 7h59

Manter a audiência engajada e por mais tempo consumindo suas páginas e conteúdo é a pretensão de todo veículo digital. No caso do G1, essa lógica não é diferente. Há cerca de seis meses, no entanto, o portal da Globo passou a contar com uma aliada nessa missão.

G1 passatempos

(Crédito: Divulgação)

Lançada há pouco mais de seis meses, a editoria de jogos foi criada para propiciar entretenimento para quem, além de informação, busca um pouco de leveza para quebrar a rotina.

Segundo o portal, a editoria, que já ultrapassou a marca de 11 milhões de visualizações, foi elaborado tendo como base uma tendência de consumo já observada em outros países.

Lucas Herdy, gerente de produto do G1, relata que veículos como The New York Times vêm apostando nos passatempos não somente como forma de atratividade aos leitores como também como alternativa para quem procura um respiro em meio ao noticiário muitas vezes pesado do dia a dia.

“Acho que as pessoas estão procurando uma válvula de escape para o excesso de conteúdo. E, muitas vezes quando elas têm um tempo livre, elas não querem entrar em redes sociais. Elas preferem procurar algum tipo de passatempo que as estimulem de alguma forma”, analisa o porta-voz.

Herdy embasa essa ideia citando que diversas pesquisas e estudos já apontaram a contribuição de jogos como palavras cruzadas, caça-palavras e outros para o desenvolvimento da concentração e do raciocínio.

Passatempos e retenção de público

Atualmente, o G1 oferece ao público opções de passatempos como Palavras-Cruzadas, Caça-Palavras, Sudoku e Dito. O mais popular, segundo Herdy, é o Soletra, jogo em que os usuários precisam formar diferentes palavras a partir de uma quantidade limitada de letras.

Nesse passatempo, o tempo de engajamento é até 68% maior do que nas demais páginas do portal. “As pessoas passam, em média, cerca de cinco minutos em cada sessão. Pensando que, atualmente, a competição por atenção é tanta e que cada minuto conectado representa uma eternidade para veículos e plataformas, nos surpreendemos bastante com esse engajamento”, conta.

Pelo fato de a internet ter inúmeras ofertas de jogos e de passatempo para as pessoas, o G1 decidiu concentrar suas estratégias em atividades que envolvam letras e palavras. De acordo com o gerente de produto, essa proposta vai ao encontro da própria premissa do portal, de priorizar a informação como elemento principal.

“Não queremos ser um hub de dezenas de jogos e sim ter uma oferta de 7 a 10 tipos de jogos, no máximo, que as pessoas conheçam e que possam construir o hábito de jogar”, diz.

Embora a maior parte do público consumidor desse tipo de jogo sejam pessoas acima de 45 anos, a ideia de comunidade que esses passatempos trazem é vista pelo G1 como oportunidade para impactar pessoas de outras faixas etárias. O porta-voz conta que, nas redes sociais, é comum as pessoas trocarem informações e postagens sobre os desafios daquela semana e dicas de como avançar em diferentes jogos. “É algo que acaba impactando outros públicos”, avalia.

Oportunidades de negócios

O G1 não tem a ideia de oferecer, dentro da editoria de jogos, opções de passatempo pagos. A proposta é que, assim como os demais conteúdos do portal, os jogos também possam continuar sendo oferecidos de forma gratuita, apoiados por veiculação publicitária.

“Fazer parte desse momento de diversão, de atenção concentrada, engajamento e fidelidade traz muitos ganhos para as marcas, que se beneficiam dos atributos positivos da experiência e do potencial de conhecimento desse consumidor”, acredita Renata Fernandes, diretora de produtos publicitários digitais da Globo.

O G1, inclusive, está em fase de desenvolvimento de formatos comerciais que permitam que as marcas façam parte dessa jornada de diversão, seja parabenizando o usuário ao concluir uma fase ou incentivando-o de outras formas.

“De forma geral, o investimento dos veículos de mídia em jogos acaba sendo uma oferta extra de valor. Ao disponibilizar esses passatempos, a pessoa acaba sendo estimulada a retornar aquele ambiente para jogar outras vezes e, a partir daí, pode descobrir outros conteúdos que também sejam interessantes”, explica.

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