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Conteúdo de turismo tem alta no engajamento e queda na receita

Levantamento da agência Guanabara aponta que 40% dos influenciadores do setor cresceram em seguidores, ao mesmo tempo em que, 77% perderam faturamento


6 de julho de 2020 - 6h00

Segundo pesquisa da agência Guanabara, 83% dos influenciadores estão apostando em outras áreas como bem-estar, gastronomia e empreendedorismo (Crédito: Hocus Focus/ iStock)

O setor de turismo foi um dos mais afetados pela crise da Covid-19 e o cancelamento das viagens. Consequentemente, o mercado de produção de conteúdo sobre esse tema também foi fortemente impactado. Para entender esse movimento, a Guanabara, agência de PR e marketing de influência, realizou uma pesquisa com influenciadores digitais que falam sobre turismo para entender as tendências desse mercado.

 

O estudo ouviu cem criadores de conteúdo especializados em viagens, com números entre 50 mil e 1 milhão de seguidores. Impossibilitados de criar conteúdo sobre viagens, a pesquisa apontou que 83% dos influenciadores estão apostando em outras áreas como bem-estar, gastronomia, empreendedorismo e dicas relacionadas ao cotidiano da quarentena.

(Crédito: Agência Guanabara)

A mudança refletiu no engajamento do público. 40% dos criadores conseguiram ampliar seu número de seguidores e engajamento. Outros 22% mantiveram os números que tinham antes da pandemia. Diego Sierra, diretor e sócio da agência responsável pela pesquisa, enxerga desafios e oportunidades nesse movimento.

“Vejo muitas oportunidades, pois essa pandemia traz uma grande liberdade para que creators se reinventem e invistam em outros segmentos que fazem parte do seu estilo de vida, mas sem perder o foco. E perder o foco é justamente o maior risco. O creator deve ficar atento às estatísticas de desempenho dos seus conteúdos para analisar a receptividade do seu público a essas novidades e manter um bom engajamento”, afirma Diego.

No que diz respeito ao impacto econômico, o estudo mostrou que 77% dos influenciadores perderam faturamento no período. Já 23% conseguiram manter ou ampliar seus ganhos. A estabilidade, em muitos casos, se deu por contratos de longo prazo firmados antes da pandemia.

Outro fator responsável por essa variação é a multiplicidade de fontes de renda dos influenciadores de turismo. De acordo com o levantamento, 32% têm produtos digitais (e-books, cursos, etc) como principal receita, 31% usam os posts patrocinados, 13% programas afiliados e 13% contam com empregos formais em outras áreas.

Questionados sobre o futuro, 33% dos entrevistados acreditam que será possível viajar pelo Brasil em setembro, 28% apostam no mês de outubro e 11% em novembro. O cenário é menos otimista para as viagens internacionais. 67% dos influenciadores acham que elas só serão viáveis em 2021. Entre as tendências mapeadas para esse retorno estão a importância das agências para viagens mais seguras, a intenção de conhecer destinos nacionais e o desejo de se conectar com a natureza.

*Crédito da foto no topo: Rawpixel/Pexels

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