A Looke está de olho nas brechas da Netflix
Serviço de streaming brasileiro, criado no ano passado, fecha parceria com a BBC e discute a entrada de um sócio estrangeiro para expansão internacional
Serviço de streaming brasileiro, criado no ano passado, fecha parceria com a BBC e discute a entrada de um sócio estrangeiro para expansão internacional
Luiz Gustavo Pacete
22 de julho de 2016 - 8h50
Criada em setembro do ano passado, a startup Looke vem sendo chamada de concorrente da Netflix pelo mercado. Porém, os executivos da empresa não gostam da nomenclatura. Sua vocação, segundo Luiz Guimarães, diretor de business affairs, é ser complementar, não só à Netflix como também às outras plataformas como HBO Go e também à própria TV por assinatura.
Entenda-se por complementar oferecer séries, filmes e animações que não estão nos concorrentes e que justificariam aos usuários assinarem mais uma plataforma. Para isso, a empresa vem costurando negociações importantes com estúdios que vêm ajudando a compor um portfólio diferenciado. A mais recente foi com a BBC que inclui mais de 200 horas de programação e séries como Doctor Who, Doctor Foster, Orphan Blach, Sherlock e outros que estarão disponíveis a partir do início de agosto.
Guerrilha:
A estratégia de se associar a marcas ligadas ao público jovem tem sido uma forma de expansão da plataforma. Em junho, a empresa se associou à rede de idiomas CNA dando descontos a seus alunos.
“É um desafio muito grande conseguir conteúdo por um preço acessível, mas os parceiros enxergam grande oportunidade de vitrine”, diz Guimarães. Além da BBC, a Looke já fechou com Warner, Paramount, NBCUniversal, Telecine, Fox, Disney, Lionsgate, DHX, Imira, Sony Music e DreamWorks. Questionado sobre um processo de saturamento no mercado, tendo em vista a velocidade com que surgem novos concorrentes oferecendo serviços semelhantes, o executivo explica que há espaço para todos desde que haja complementariedade. “Sempre dizem que somos concorrentes da Netflix, podemos ser em alguns conteúdos, mas vendemos outro serviço.
Além de oferecer o conteúdo por assinaturas que começam em R$ 15, o Looke permite o aluguel e a compra avulsa de conteúdo audiovisual de um total de dez mil vídeos. A Looke espera fechar o ano com 500 mil assinantes e estuda uma expansão internacional. Neste momento, a empresa discute a entrada de um sócio estrangeiro. ”Até dezembro, iniciaremos nosso projeto de expansão para a América Latina”, diz Guimarães.
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