O apetite do canal AMC pelo Brasil

Meio & Mensagem
13 de agosto de 2015 - 10h02

A instabilidade econômica do País, que causa incertezas em toda a indústria da comunicação, não parece preocupar a programadora AMC. Em abril, o canal fez sua estreia no Brasil, com a proposta de oferecer ao público uma combinação de filmes, séries e produções de grande sucesso. Em junho, o canal ganhou uma sede própria no País, em São Paulo, para movimentar as parcerias comerciais e de negócios. A área comercial é liderada pelo publicitário Edgar Aguiar Rosa, que já iniciou os contatos com as agências e anunciantes brasileiros.

Em visita ao Brasil para participar da Feira e Congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), realizada na semana passada, o diretor-geral da AMC para América Latina, Portugal e Espanha, Eduardo Zulueta, se mostrou otimista em relação à operação nacional. “O Brasil é reconhecido como um dos mercados com maior potencial de crescimento para a indústria de TV paga na América Latina. Estamos apostando forte no País”, comenta o executivo.

Para conquistar o público nacional, o canal aposta na experiência de sucesso nos Estados Unidos, onde emplacou cases como Breaking Bad, The Walking Dead e Mad Men. Para o Brasil, o canal prometeu ainda para 2015 a exibição dos inéditos Fear the Walking Dead (spin-off da série de zumbis), Humans e Into the Badlands. Além disso, produzir conteúdo local está nos planos. A programadora já fechou uma parceria com o Chef TV, canal de conteúdo culinário, para a reali­zação de programas e projetos brasileiros, que utilizarão estrutura e equipe local.

O AMC, no entanto, ainda tem o desafio de ganhar mais janelas de exibição no Brasil. Desde sua estreia, é exibido apenas no cardápio da Sky e de algumas operadoras pequenas do grupo NeoTV. “Seguimos negociando e confiamos que, muito em breve, conseguiremos expandir nosso alcance”, aposta Zulueta. Além do canal homônimo, a programadora ainda possui marcas como Film&Arts e Sundance Channel.