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O direito divino à liberdade de expressão

Após extinção, Comissão de Reclamações contra a Imprensa (PCC) do Reino Unido será recriada com nova equipe e com abordagem reguladora


9 de abril de 2012 - 11h16

Depois da ameaça de extinção, a Comissão de Reclamações contra a Imprensa (PCC, na sigla em inglês) do Reino Unido se reestrutura e promete ser uma entidade reguladora, independente, robusta e com dentes, afirma Lord Hunt, presidente da PCC. O executivo deu entrevista à Rádio BBC 4 nesta sexta-feira, 9, e afirmou que os jornalistas não têm direito divino à liberdade de expressão, ou seja, não podem fazer o que quiserem sem ser punidos. Lord Hunt é o sucessor da baronesa Buscombe na presidência da PCC, que saiu no ano passado depois dos escândalos das escutas ilegais que envolveram o extinto News of the World (NoW), da News Corp. de Rupert Murdoch.

Segundo Hunt, o povo britânico merece uma imprensa que leve a sério suas responsabilidades e que exerça as normas profissionais e reconheça que a preciosa liberdade (de expressão) de que goza é um privilégio, e não um direito dado por Deus.

Lord Hunt veio a público depois da notícia de que a PCC foi dissolvida, num movimento que pretende resgatar a credibilidade da imprensa britânica. A nova PCC atuará muito mais como um órgão regulador do que uma comissão que apenas acompanha as queixas da sociedade contra a imprensa. A PCC existe há 21 anos. Um dos problemas alegados com a estrutura da PCC é que a entidade não atua mais fortemente porque nunca teve poderes para isso. Por isso, Lord Hunt diz agora que a nova entidade terá “dentes”.

Até que o novo órgão seja criado, a PCC continuará a gerenciar as queixas dos leitores. Lord Hunt afirma que convenceu os editores e proprietários de jornais a assinar e pagar pela nova entidade que surgirá. Espera-se que a nova configuração da PCC tome forma dentro de um ano, mas, se o debate for para o Parlamento britânico, é provável que o novo órgão torne-se operacional apenas em 2014.
 

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