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Revista Máxima foca na diversidade em nova fase no meio digital

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Mídia

Revista Máxima foca na diversidade em nova fase no meio digital

Lançada em 1989, revista de moda e beleza prioriza o tema da inclusão em formato digital e traz a influenciadora Pequena Lo como capa da primeira edição do novo projeto


25 de agosto de 2022 - 6h00

A revista Máxima, lançada em 1988 para cobrir o universo de moda e lifestyle, entra em nova fase tendo como base o universo digital e a orientação para o tema da diversidade, o que engloba movimentos sociais, inclusão e feminismos plurais. A publicação do Grupo Perfil passará a contar com edições especiais, dossiês e vídeos complementares e terá periodicidade mensal.

Segundo o diretor de conteúdo da editora Perfil, Ademir Corrêa, internamente, o projeto da Máxima é chamado de ‘Mulheres Incríveis’, que, em sua visão, explica muito bem a missão da marca para esse ano”. O Grupo, diz em comunicado, que o projeto das capas colecionáveis reunirá personalidades da mídia, como influenciadores, artistas e líderes políticos, para estampar as versões digitais.  “Já temos dez personagens pensadas, algumas já convidadas, outras com agendas marcadas” acrescenta o porta-voz.

A Máxima não deixará de falar sobre os assuntos que já são tradicionais à publicação, porém, neste momento,  passará por uma ampliação do espectro noticioso, principalmente, no quesito das escolhas das personagens.

Nessa primeira edição da nova fase da revista, a influencer de Lorrane Karoline Batista Silvam conhecida como Pequena Lo é a primeira convidada a estampar a capa. A escolha, segundo Corrêa, se deu a partir do seu simbolismo como representante de um feminismo plural e da luta contra o capacitismo. “Ela é uma influencer muito importante para a Máxima, traz uma propriedade na discussão sobre inclusão com bom humor” diz.

 

Pequena Lo estampa primeira edição das capas colecionáveis da revista Máxima

Pequena Lo estampa primeira edição das capas colecionáveis da revista Máxima (Créditos: Divulgação)

 

Digitalização da revista

“A Máxima teve seu projeto impresso por bastante tempo, migrou para o digital e agora retoma esse formato experimental das capas digitais”, explica o diretor, pontuando que o novo projeto editorial do grupo conta com conteúdos digitais e de aprofundamento, como vídeos making of, entrevistas em vídeo, publicações nas redes sociais e dois formatos de capa.

O movimento de digitalização, conforme revelado por Corrêa, sintetiza esse processo que têm acontecido há algum tempo das empresas de conteúdo jornalístico ao explorarem o horizonte de possibilidades que a internet disponibiliza. “A gente consome as informações de forma digital, as redes sociais são grandes fontes de tráfico de conteúdo”, afirma.

Durante o processo de reformulação das editorias da nova edição da Máxima, o time começou a pensar em como a revista poderia dialogar com os temas que estão em debate na atualidade. Esse interesse em ampliar as vozes da coletividade era uma precaução durante todo o projeto editorial da revista. “Chegar nesse momento em que podemos ter uma capa digital e uma discussão de inclusão, que faz parte do projeto de marca faz algum tempo, vem para coroar um pouco esse pilar editorial”.

Novo projeto editorial da Máxima

A primeira edição da revista foi às bancas em 1989, época em que o público-alvo das edições eram mulheres da classe média brasileira e os temas abordados giravam em torno da moda, beleza e comportamento. “Essa mulher ainda faz parte do DNA da marca” ressalta Corrêa. “Hoje a gente consegue entender as questões de autoestima dessas mulheres: como elas se vêm em relação ao relacionamento, como elas pensam no corpo, na beleza, ecologia, o futuro do empreendedorismo”, diz.

Segundo ele, existe uma lacuna no mercado editorial brasileiro quando a discussão envolve pessoas que estão fora dos locais de representação simbólica, como a população LGBTQIA+. “A gente não está acostumado a ver algumas pessoas em posições de poder e a Máxima vem se alinhando a essas causas e retransmitindo essas histórias”. Além disso, ele acredita que o formato digital permita amplificar ainda mais esse diálogo.

Quando questionado a respeito do modelo de negócios e a atração de anunciantes, Corrêa não vê muita dificuldade em relação a parcerias já que, segundo ele, as marcas, assim como a Máxima, compartilham a ideia de trazer certos debates em pauta para dentro das empresas. “Consigo ver marcas criando propósitos e significados no mundo de hoje. Acho que isso é um processo de aprendizado, tanto editorial quanto empresarial, de tentar entender qual o mercado em que estamos inseridos”, conclui.

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