O que podemos esperar do Varejo na NRF 2024?

11 de janeiro de 2024 - 15h49

Mais aproximação e conhecimento do consumidor e, claro, a grande novidade, a Inteligência Artificial aplicada, serão sem dúvida temas relevantes que vão esquentar os debates no maior evento do setor.

Recentemente discussões afloradas surgiram com análises sobre tendências e caminhos no setor varejista e todos os players do setor reconhecem que a crescente competitividade, pressões de custos em ascensão, inflação elevada, queda no poder de compra e a necessidade de atender bem tanto no ON como no OFF impõem uma carga adicional ao setor, agravando os desafios inerentes ao modelo de negócios.

Tradicionalmente, o setor sempre foi profundamente influenciado por condições macroeconômicas, devido à sua conexão íntima com indicadores de renda e crédito. Contudo, com o advento da tecnologia, por volta de meados de 2010, os modelos de negócios começaram a lidar com mudanças no comportamento de seu principal ator – o consumidor. O termo “Espírito do tempo” ou “Zeitgeist”, como alguns escritores interpretam o conceito, denota uma mudança profunda na forma como os consumidores se envolvem com o consumo. Isso se estende onde e como buscam produtos e serviços, alterando a dinâmica das transações.

Grandes varejistas, como o Walmart, por exemplo, reconheceram esse espírito e embarcaram em uma evolução do varejo além das fronteiras do simples ato de comprar e vender, transcendendo os princípios convencionais de excelente atendimento ao cliente nas lojas físicas e, naturalmente, este movimento ganhou impulso, acentuado notavelmente pelas repercussões da pandemia. O varejo progrediu inequivocamente além das esferas das lojas físicas ou online.

Os varejistas começaram a perceber que uma vantagem competitiva colossal residia em sua proximidade com os clientes. Estrategicamente, empregaram seus ativos para explorar maneiras inovadoras de atender à multidão que frequenta seus espaços físicos e virtuais diariamente. Os avanços foram notáveis, embora muitos ainda estejam em fase de ajuste, maturação e busca por sinergia. Dados sobre preferências e comportamento de consumo tornaram-se um ativo ainda mais valioso para os varejistas que buscam expandir e amplificar suas operações, atendendo às necessidades dos clientes, independentemente do produto ou serviço. Colocando o cliente em primeiro plano e inspirados no modelo de plataforma da Amazon, grandes varejistas reconheceram a potência da diversificação. Como resultado, começaram a oferecer uma variedade de serviços, desde cartões, planos de saúde e seguros até cursos e muito mais.

Os balanços das empresas nos indicam categoricamente que essa tendência é irreversível – um caminho onde os varejistas encontraram seu pote de ouro, integrando e conferindo maior relevância aos seus canais de varejo. É um ciclo de retroalimentação, um processo de colaboração e, mais significativamente, uma estratégia de sobrevivência.

O que podemos esperar como tema principal na próxima NRF 2024?

Indubitavelmente, um ambiente mais desafiador e intrincado, com as fronteiras da concorrência sendo derrubadas e expandidas. Por outro lado, há uma oportunidade significativa de crescimento para aqueles que se envolvem profundamente com seus clientes e capitalizam as oportunidades de negócios emergentes ao longo da jornada.

E obviamente a inteligência artificial emerge como uma peça crucial. A capacidade de processar vastos conjuntos de dados, antecipar tendências de consumo e otimizar a experiência do cliente coloca a IA no centro desse movimento transformador, pois à medida que os varejistas buscam se adaptar e prosperar nesse novo cenário, a inteligência artificial se revela como uma aliada estratégica, oferecendo insights valiosos e impulsionando a inovação.

O casamento entre a expertise humana e a inteligência artificial surge como um catalisador essencial para o sucesso duradouro nesse ambiente dinâmico do varejo.

Vamos acompanhar direto de NY as maiores tendências e soluções para o Varejo mundial.

Me acompanhe!