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Opinião

Se você pensa que OOH é painel, você está um pouco OOD

Estar out-of-date (OOD) com o out-of-home (OOH) é deixar de perceber a necessidade de inovar, mesmo que o meio esteja consolidado


11 de julho de 2019 - 12h03

(Crédito: iStock)

Na terça-feira, 9, visitamos a sede da JCDecaux, que fica, aproximadamente, a uma hora de Paris em uma vizinhança despretensiosa. O que não esperávamos era que, ao chegar, seríamos surpreendidos por uma antiga fazenda com três construções separadas por grandes jardins gramados cuidados à perfeição. Por sinal, a obsessão pela perfeição foi sendo percebida em tudo que víamos e ouvíamos.

Antes da visita guiada pelo espaço tivemos uma apresentação onde foi possível ver a busca contínua por inovação, desde a origem da empresa, que criou o formato de mobiliário urbano que temos hoje, mas que também percebeu novas necessidades e expandiu seu portfólio com bicicletas compartilhadas, estações de carregamento de celulares, operação em aeroportos e outros meios de transporte.

Mas foi na visita guiada que pudemos conhecer um pouco do que eles buscam para o futuro, por exemplo, para cada avanço da indústria de telas de LED, um novo produto é desenvolvido. Iniciativas com sensores de vídeo já são uma realidade, mas pudemos testar um assistente virtual com inteligência artificial acionado por voz que, além de fornecer inúmeras informações, ainda brinca com o público.

Por fim, visitamos um “museu” a céu aberto com diversos tipos de mobiliários de todas as partes do mundo e ficamos surpresos com a complexidade desse modelo de negócio que depende da demanda de cada cidade, suas características e que une serviço à população com publicidade. Cada cidade possui um tipo de mobiliário, com os mais diversos serviços agregados, desde um USB para carregar celulares, passando por câmeras de monitoramento, células de antenas 4G e até desfibriladores. E para que os mobiliários sejam o mais integrado possível com as cidades, em cada uma, há assinatura de arquitetos, urbanistas ou designers renomados e icônicos como Philip Stark, Ora-Ito, Sir Norman Foster e Patrick Jouin, entre outros.

Saímos com a impressão de que, mesmo em um meio consolidado, a inovação não pode parar. E, para finalizar, uma frase do fundador que estampa paredes nos escritórios de vários países. Ce qui vaut la peine d’être fait vaut la peine d’être bien fait (Tudo o que deve ser feito, merece ser bem feito).

*Crédito da foto no topo: iStock

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