WebSummit: imersão no presente que constrói o futuro que queremos
Discussões sobre o poder da inteligência humana num mundo de IA mostram as potencialidades à nossa frente – desde que se tomem as decisões certas
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Participar do Web Summit Lisboa 2024 foi uma experiência incrível, como sempre. Esta é a sétima vez que participo do evento – cinco em Lisboa e duas no Brasil – e a cada edição ele continua superando minhas expectativas. A atmosfera é uma combinação perfeita de inovação, tecnologia de ponta, insights práticos e oportunidades incomparáveis de networking.
Este ano, tive a honra de ser mestre de cerimônias no palco Corporate Innovation Summit, onde destaquei o papel da inteligência artificial (IA) como motor para a inovação nas empresas. Ressaltei que a IA, que evoluiu de padrões simples nas décadas de 1950 e 1960 para os LLMs de hoje, traz inúmeras possibilidades para empresas que respeitam seu legado ao mesmo tempo em que avançam.
A inteligência artificial generativa foi um dos grandes destaques do evento, com discussões que foram desde segurança e ética até aplicações práticas no dia a dia. Um exemplo marcante foi o painel “DEI cuts + AI boom = Recipe for bias?”, com Nyanchama Okemwa, Joyann Boyce, Yi-Jung Lee e Muhammad Lila, que abordou a importância da inclusão e equidade na tecnologia, destacando como as práticas éticas podem garantir que a IA beneficie toda a sociedade, sem reproduzir preconceitos ou excluir grupos sociais.
Outro ponto que chamou atenção foi o impacto crescente das mulheres na tecnologia, com números recordes de participação e a ampliação da iniciativa Women in Tech. Para mim, foi especialmente inspirador ver líderes como a brasileira Lidiane Jones, CEO do Bumble e Sarah Franklin, CEO da Lattice, discutindo a importância de criar ambientes seguros e inclusivos na tecnologia, com foco em IA que fortalece conexões humanas em vez de substituí-las. Ambas contaram as suas histórias, e a importância de receber mentoria para despertar possibilidades nas suas carreiras que talvez nem elas mesmas imaginavam que teriam.
Outra brasileira que chamou a atenção, foi a Natalia Schifino, Community e Marketing Manager na WOW Aceleradora. A Nati, com apenas 24 anos, já foi um super destaque no Web Summit, não só apresentando uma das rodadas do PITCH (competição entre as startups), mas ainda apresentando uma Masterclass (que são as sessões mais longas e profundas do evento) sobre como ingressar em uma aceleradora, dando dicas para desbloquear o caminho para o product market fit e sucesso de startups. É incrível ver a nova geração de mulheres brasileiras com esse reconhecimento no mundo da tecnologia.
Além disso, o Web Summit mostrou que a inovação também está no design inclusivo, como enfatizado por Sarah Herrlinger, da Apple, que destacou tecnologias de acessibilidade integradas aos produtos da empresa. A mensagem é clara e algo que já defendemos na Pmweb há muito tempo: o futuro pertence às soluções que colocam as pessoas no centro.
Tivemos também, do grupo VML, a Karen Boswell, Global CXTO, participando do painel sobre o futuro das agências de publicidade em 2025. Nesse painel, discutiu-se como a inteligência artificial está transformando a criatividade, automatizando tarefas rotineiras e permitindo maior personalização em campanhas. Além disso, foram abordados temas como a importância da autenticidade e da responsabilidade social nas marcas, o impacto de novos formatos de mídia, como anúncios interativos, e as mudanças no ambiente de trabalho criativo, que priorizam flexibilidade e colaboração. Karen destacou a necessidade de agências serem ágeis, inovadoras e alinhadas aos valores de consumidores para permanecerem competitivas.
Também participei como avaliadora no PITCH, a icônica competição de startups do evento, são 105 startups selecionadas para a batalha, 7 por rodada, avaliadas por 4 jurados, em diversos quesitos, entre eles: Inovação e Originalidade, Viabilidade do Negócio, Mercado Alvo e Escalabilidade, Execução e Impacto, Pitch e Clareza na Apresentação.
Cada startup tem 3 minutos para apresentar seu PITCH. Após essa etapa, os jurados têm 3 minutos para perguntas e respostas, e, em seguida, já saímos com pontuações em cada um dos critérios acima! É um processo complexo pois são avaliados diferentes tipos de empresas. Na rodada em que participei, competiram desde empresas Saas B2B, até empresas de drones, energia limpa, etc. Eram empresas de diferentes partes do mundo, e também de diversos tipos de produto, como software ou hardware.
Outra parte super legal do evento, são as mentor hours, onde as mais de 3 mil startups que expõem ao longo dos 3 dias de evento, podem selecionar palestrantes e voluntários para serem mentoradas, a troca é incrível, acredito que os dois lados podem aprender muito com esse momento!
Além de todas essas atividades oficiais do evento e MUITAS palestras, tem muitos eventos paralelos de networking e essas experiências reforçam como o Web Summit é único ao combinar momentos de aprendizado e troca com conexões genuínas entre pessoas de negócio e tecnologia das mais variadas indústrias e países.
Saio do evento não só energizada, mas também convicta de que a tecnologia, quando guiada por valores como ética, inclusão e criatividade, pode transformar o mundo.
Fico muito animada para o próximo Web Summit, no Rio de Janeiro, onde além de todas as atividades acima, ainda vou poder dividir o desafio de ser embaixadora do projeto Women In Tech, ao lado de mais 10 executivas escolhidas pelo evento, com o objetivo de fomentar ainda mais a participação de mulheres em eventos de tecnologia e inovação.
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