Pyr Marcondes
12 de março de 2018 - 8h00
Uma das palestras aqui de Austin teve um título emblemático para o meu ponto aqui: “The Data Scientist will see you now.”
É uma brincadeira que simula a fala clássica da enfermeira na hora da consulta com o médico. Em vez de … “o doutor vai recebê-lo agora”, quem vai te receber é um cientista de dados.
A Saúde é um dos setores em que os avanços tecnológicos estão mais disseminados internacionalmente. Implantes de corpo e suporte de Inteligência Artificial para diagnósticos médicos e até para procedimentos cirúrgicos estão se espalhando muito mais rapidamente do que acompanhamos ou imaginamos.
Mas o ponto é: aqui em Austin, o SXSW colocou a Inteligência Artificial no lugar em que ela parece estar de fato hoje. Ou seja, em todo lugar.
Difícil assistir uma palestra, sobre o tema que for, em que ela não seja citada. O papo é conquista do espaço? Ela tá lá. Criatividade? Tá lá. Medicina? Tá muito lá. Robôs? Bom, aí tá mais lá do que em qualquer outro lugar, nenhum robô existe sem AI. Bom, não vou me estender. Você, que é uma inteligência artificial ambulante, já processou.
O SXSW faz seu papel: dá o destaque que a tendência tem. Mais que isso. Coloca nos holofotes um lado da ciência e da tecnologia, que há não mais do que dois ou três anos atrás, aqui mesmo, era algo ainda tipo … quando a Inteligência Artificial chegar ….
Pois é o seguinte: no consultório médico, nos automóveis, nas casas, nos aparelhos móveis, nas coisas em geral, aliás, mas também nos nossos negócios, ela já é uma surpreendente realidade. Uma realidade aumentada (piadinha).
Fiz um post, que você pode ler aqui, que fala como, sem perceber, possivelmente cem por cento das empresas do mundo usam já hoje Machine Learning em algum pedaço dos seus negócios.
Machine Learning é um braço da Inteligência Artificial, aquele que tende a chegar mais perto da gente no nosso dia a dia, porque são as máquinas aprendendo o tempo todo a se relacionar com os seres humanos.
Como citei no post, se você usa um celular, está usando Inteligência Artificial, porque desde o estúpido do corretor automático de texto, passando pela Siri ou pelas dezenas de aplicativos que você usa, tudo isso usa Inteligência Artificial.
O exemplo do corretor é emblemático de como o aprendizado das máquinas acontece.
A gente odeia quando ele nos sugere uma palavra esdrúxula, que não tem nada a ver com o que estamos escrevendo.
Mas reconheça, ele vem melhorando. E vai melhorar mais e mais. Até ficar muito bom.
Isso é Machine Learning.
Os assistentes de voz estão indo no mesmo caminho. Idem as descobertas espaciais ou a tal consulta médica. Tudo anabolizado por ela.
Aqui em Austin, se você tiver problema de entupimento da sua privada, não precisa se preocupar. Basta estender a mão e certamente algum cientista de Inteligência Artificial que está sentado ao seu lado, resolverá. Com ela.