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VR/AR só decolam quando forem para as pessoas na vida real. Ou seguirão apenas atrações de feira.

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VR/AR só decolam quando forem para as pessoas na vida real. Ou seguirão apenas atrações de feira.

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ÓCULOS DE REALIDADE AUMENTADA
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Blog do Pyr

VR/AR só decolam quando forem para as pessoas na vida real. Ou seguirão apenas atrações de feira.

O MWC uma vez mais mostrou aparelhos de VR/AR que só servem para experiências restritas em feiras de tecnologia e ações de mercado de baixo impacto e nenhuma representatividade de negócios.


5 de março de 2019 - 8h16

Equipamentos de Realidade Virtual e, mais recentemente, Realidade Mista vivem, desde que surgiram, um drama existencial fruto de sua própria concepção científica: aparatos trambolhudos e desajeitados, que deixam as pessoas coma aparência de moscas varegeiras digitais, vivendo experiências lindas e imersivas, mas limitadíssimas, em que viajam sozinhas feito tontas (muitas, literalmente) em ambientes que precisam ser protegidos para evitar que se espatifem contra a dura realidade a sua volta.

É isso.

A Realidade Aumentada tem possibilidades mais expansivas e partilhadas. Convive de forma mais harmônica com a realidade e o ambiente físico social, mas também é ainda uma experiência de âmbito restrito. Joguinhos, promoções cuti-cuti, nada de fato revolucionário, como toda a mídia parece acreditar.

A Realidade Mista me parece o grande caminho, pois integra virtualidade e realidade real, mas é a mais engatinhante de todas, ainda.

Tenho defendido esse ponto de vista desde que vi e usei o primeiro óculos de VR. Sou o pentelho de plantão frente a essas tecnologias que, acredito piamente, poderão evoluir em breve para um outro patamar. Mas que, por enquanto, são apenas parque de diversão para poucos.

Para a indústria da comunicação e marketing, algo que quando surgiu parecia reservar possibilidades infinitas de aplicação e uso, essas tecnologias tem sido um traque. Cases engraçadinhos e criativos aqui e ali, que ganham prêmios acolá, são o rescaldo magro e ralo de alguns anos dessas realidades alternativas.

Em minha opinião, essas tecnologias só serão de fato relevantes quando:

  • deixarem de ser equipamentos esdrúxulos para serem, digamos, lentes de contato, ou simples óculos normais (como a imagem deste post)
  • forem de fato interativas e puderam estar conectadas pela nuvem
  • puderem ser experiências massivas

Pois não é que encontrei alguém que me entende e concorda comigo? Bingo!

Meu desconhecido amigo e parceiro de fé, Adam Hamming, que descobri ser o CRO de uma startup suiça exatamente de VR e AR, grande Adam, escreveu na Venture Beat artigo cujo título amei de paixão: AR and VR need to move from what developers like to what consumers want.

Sensacional, é isso. Algo que não havia me ocorrido, estúpido que sou.

Essas engenhocas tem sido também parque de diversão de developers técnicos, que não conseguem endereçar a razão de ser de todo device que busca sucesso e consumo: o desejo e vontade do consumidor.

O grande Adam manda ver no artigo, dizendo: “… as an industry what do we need to do to move from the interesting curiosity to the main event… “. Aí ele passa a dar 5 dicas de como desenvolvedores e fabricantes desses aparelhos podem endereçar o basicão e saírem, como ele mesmo diz, de um setor de “curiosidades” prosaicas, para virar algo de gente grande, ou seja, uma indústria a serviço, de fato e na real, de grandes negócios.

Leia aqui o artigo do meu bro, Adam. E concordem, finalmente, conosco. Somos quase uma multidão :-).

 

 

 

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