A Ideia entrevista Maria Prata: “nossos desejos chegam à nossa porta pelos algoritmos”
Jornalista especializada em moda, e também sócia da agência OOO, fala sobre os impactos da digitalização na busca por tendências e consumo
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Isabella Lessa
2 de julho de 2025 - 11h09
Filha de um dramaturgo e de uma jornalista – e também dramaturga -, Maria Prata parecia destinada a seguir a inclinação familiar e mergulhar na área das palavras e textos.
Porém, quando ainda tateava para onde seguiria sua carreira, ela conta que encontrou na estética – mais diretamente, na moda – uma forma de fugir do que parecia a vocação de seu DNA. Na época, ela recorda que o universo da moda estava, literalmente, entrando “na moda”, e ela se interessou em estudar e entender mais sobre aquele mundo, diferentemente na escrita, concentrava seu propósito na imagem.
Anos depois, Maria Prata descobriria a possibilidade de unir texto com imagem ao se especializar em contar e traduzir o universo da moda para o jornalismo. Foi assim que foi moldada uma carreira construída em algumas das principais redações de moda do País, como Vogue e Harper’s Bazaar.
Das páginas, também migrou para a televisão, para abordar outros universos, como empreendedorismo e startups, na Globo News. E hoje, também experimenta o universo da publicidade, como sócio da agência Out Of Office (OOO).
Hoje, ela avalia as transformações do jornalismo e da comunicação para o ambiente digital. Por um lado, ela avalia que as redes sociais reduziram o aprofundamento em temas e assuntos. Já por outro, esse dinamismo também vem permitindo o surgimento de veículos com novas propostas e modelos de negócios.
Inclusive, pelo Instagram, por meio do formato Pílulas da Prata, ela vem remodelando a forma de conversar com seu público. “No passado, não teria condições de ter uma revista minha. Nas redes sociais, faço do meu jeito e vou, a cada semana, fazendo e me organizando de um jeito. E adoro poder não tem cobranças e de ter de me adaptar todos os dias, de correr atrás o tempo todo.
Nessa entrevista à editora Isabella Lessa, Maria Prata detalha sobre essa adaptação à comunicação digital, comenta sobre o dinamismo na busca por tendências e a própria evolução do conceito de estilo na era dos algoritmos e de como o consumismo, impulsionado pelo digital, pode adquirir características nocivas.